Leilão de NFT de Steve Jobs é contestado por suspeita de fraude
Tecmundo
O leilão do currículo de um jovem Steve Jobs, que procurava um emprego na desenvolvedora Atari em 1973 em qualquer setor de tecnologia, foi encerrado com muita polêmica. Comercializado tanto na versão física quanto como um NFT, o item acabou arrematado por US$ 130.614 — cerca de R$ 658 mil em conversão direta de moeda.
Ainda é muito dinheiro, mas o objeto foi leiloado antes por ma/iores valores — primeiro em 2018, por dezenas de milhares de dólares a mais, e depois em 2021, pelo dobro do preço.
O item que gerou discórdia no site de leilões.
A expectativa da casa de leilões RR Auction era de que os lances girassem por volta de US$ 300 mil. Porém, há uma explicação para a falta de interesse no item: uma denúncia feita nos últimos instantes da venda questionou a autenticidade do currículo.
"Não sei, Rick, parece falso"
A RR Auction adicionou um texto na página do leilão avisando que "recebeu informações" que não permitem a ela "considerar definitivamente" que aquele é o currículo de Jobs para entrar na Atari.
O problema estaria na ordem cronológica de acontecimentos: Jobs teria trabalhado como assistente de reparos em meio período no laboratório de Física do Reed College, faculdade que ele abandonou logo depois, durante 1973. Esse tipo de experiência é importante para o emprego que ele buscava e, portanto, deveria constar no campo de trabalhos anteriores.
A ausência de uma experiência anterior coloca o currículo em dúvida.
Ou seja, o currículo pode até não ser falsificado, mas pode não ser o item histórico enviado por ele para conseguir o emprego na desenvolvedora — onde ele trabalhou até iniciar a Apple ao lado do amigo Steve Wozniak.
Apesar das denúncias, o item permanece como vendido. Ele possui cartas de autenticidade e até uma confirmação assinada por Allan Alcorn, um dos chefes de Jobs na época e principal responsável pela criação de Pong.