LinkedIn: hacker afirma que vazou dados por diversão
Tecmundo
Um hacker que se autodenomina de “Tom Liner” afirmou, em entrevista à BBC News, que a compilação de informações de 700 milhões de usuários do LinkedIn foi feita por diversão. O número representa 93% do total de perfis da rede social. Os dados estavam sendo oferecidos por US$ 5 mil em um fórum de hackers na internet.
Pelo Telegram, o invasor declarou que teve de hackear a interface de programação (API) do LinkedIn para extrair as informações, em uma técnica conhecida como data scraping (ou raspagem de dados), sem que a plataforma bloqueasse as tentativas ou banisse o usuário para sempre.
A mesma técnica teria sido utilizada por Liner para obter informações de usuários do Facebook. O hacker afirma que foi responsável pela coleta de 533 milhões de perfis da rede criada por Mark Zuckberg em abril.
Extração de dados
Técnica de data scraping extrai informações públicas de forma automática. (Fonte: Pixabay/markusspiske/Reprodução)
A extração de dados é um tema polêmico. As aplicações mais simples permitem criar um software para visitar um endereço na internet, ler as informações exibidas e adicioná-las a um banco de dados. Normalmente, são utilizadas as APIs das plataformas para acelerar a coleta.
Os defensores da atividade argumentam que apenas acessam os dados disponíveis publicamente de forma eficiente. No entanto, a prática é considerada um abuso de ferramentas destinadas a outros objetivos. Outro problema é que não há transparência para os usuários de quais dados estão disponíveis por meio das APIs.
Crime
A extração de dados sem a autorização dos usuários e a venda das informações da internet podem ser consideradas crime de roubo da propriedade intelectual ou violação dos direitos autorais.
Mas isso não preocupa o hacker. Quando foi questionado pelo jornalista da BBC se ele estaria preocupado em ser preso, Tom Liner respondeu que ninguém conseguiria encontrá-lo e cortou a conversa dizendo “divirta-se”.