Mercado de vestíveis cresce no Brasil, mas com produtos ilegais
Tecmundo
Durante os três primeiros meses de 2021, o mercado de wearables vendeu quase 1 milhão de dispositivos, um crescimento de 24,39% quando comparado ao primeiro trimestre do ano anterior, de acordo com o relatório Tracker Brazil Wearables, divulgado pela consultoria IDC Brasil. A receita total somou R$ 635 milhões.
No período, foram vendidas 615 mil pulseiras fitness e relógios inteligentes, o que representa um crescimento de 28% no trimestre. No entanto, mais da metade destes dispositivos vestíveis, cerca de 398 mil unidades, foi comercializada de forma ilegal, no chamado mercado cinza.
No mercado de fones de ouvido sem fio, foram comercializados 348 mil wearables, uma alta de 19%. Destes, 186 mil foram vendidos de forma oficial e aproximadamente 162 mil foram adquiridos no mercado cinza.
Gadgets ilegais apresentam riscos para o consumidor e o mercado de wearables. (Fonte: Pixabay/Free-Photos/Reprodução)
O IDC Brasil alerta que os produtos que entraram no país ilegalmente oferecem risco aos consumidores, pois podem ser dispositivos falsificados e, ainda, não apresentarem nenhuma garantia legal.
“Principalmente na categoria de fitbands, há muitos produtos falsificados e de qualidade duvidosa, que comprometem a credibilidade da tecnologia e a segurança das informações dos usuários", diz Renato Murari de Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Consumer Devices da IDC Brasil.
O preço dos vestíveis caiu nos três primeiros meses de 2021. O valor médio das fitbands e smartwatches ficou em R$ 1.269 no mercado oficial e R$ 347 no mercado cinza, enquanto os fones de ouvido sem fio fecharam o período em R$ 867 e R$ 364, respectivamente.
De acordo com o analista do IDC, os preços dos relógios inteligentes ainda é alto e deve continuar assim por algum tempo devido à tecnologia envolvida. No entanto, uma redução pode ser sentida no caso das pulseis e fones de ouvido devido à popularização e a entrada de novas empresas nesses mercados.