Microsoft bane mídias estatais russas de suas plataformas
Tecmundo
A Microsoft publicou na segunda-feira (28) um artigo em seu blog com o título “A tecnologia digital e a guerra na Ucrânia”, expressando sua preocupação com o que chama de “a trágica, ilegal e injustificada invasão”. Com isso, a empresa de Redmond se junta a um grupo de big techs como Facebook, Twitter e YouTube, no sentido de limitar o alcance da mídia estatal russa, banindo os apps Russia Today e Sputnik das plataformas.
A proibição segue uma orientação divulgada no Twitter pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que anunciou o banimento da "máquina de mídia do Kremlin" do bloco econômico europeu, chamando o conteúdo das citadas mídias de "desinformação tóxica e prejudicial".
Dessa forma, a plataforma Microsoft Start (inclusive o MSN.com) não exibirá mais conteúdos do RT e do Sputnik patrocinados pelo estado russo. Além disso, os softwares para instalação dos dois canais serão retirados da loja de aplicativos do Windows. Os dois termos continuarão no mecanismo de buscas BIng, porém as pesquisas só retornarão respostas se o usuário solicitar expressamente que quer navegar naquelas páginas.
Mais ações da Microsoft na Ucrânia
O anúncio divulgado pela Microsoft a respeito do conflito envolve quatro áreas: "proteger a Ucrânia de ataques cibernéticos, proteção contra campanhas de desinformação patrocinadas pelo Estado, apoio à assistência humanitária e a proteção de nossos funcionários".
A proteção cibernética da Ucrânia será feita através de um monitoramento de segurança feito pelo Centro de Inteligência de Ameaças da Microsoft que, entre outras tarefas, protege os arquivos do Pentágono na nuvem. O chamado MSTIC detectou uma onda de ataques cibernéticos contra a infraestrutura online da Ucrânia algumas horas antes de a Rússia iniciar a invasão na quinta-feira (24).
Entre as armas digitais russas, está um novo malware, chamado de FoxBlade, considerado uma ferramenta de alta precisão. No entanto, três horas depois, a equipe de engenheiros da Microsoft já havia atualizado o seu Defender para detectar e destruir a ameaça.