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Mineração de criptomoedas gera toneladas de lixo eletrônico por ano
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Mineração de criptomoedas gera toneladas de lixo eletrônico por ano

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Tecmundo
22/09/2021 15h30
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A mineração de criptomoedas produz cerca de 30,7 toneladas de lixo eletrônico por ano. Esses são os dados de uma recente pesquisa publicada na revista Resources, Conservation & Recycling.

O estudo conduzido por pesquisadores holandeses revela que, em média, são gerados 272g de resíduos a cada transação de moedas digitais. Em uma breve comparação, o recente iPhone 13 pesa 173g.

Os resíduos eletrônicos de mineração são equivalentes ao descarte de dispositivos da Holanda.Os resíduos eletrônicos de mineração são equivalentes ao descarte de dispositivos da Holanda.

Conforme a pesquisa, os computadores usados na mineração se tornam obsoletos rapidamente e ampliam a produção de lixo eletrônico. Estima-se que os dispositivos utilizados para as transações têm uma vida útil média de apenas 1,29 anos.

Além disso, os chips de Circuito Integrado de Aplicação Específica (ASICs) estão contribuindo para o aumento de resíduos. Usadas por mineradoras para economia de energia, essas peças não podem ser reaproveitadas para outras funções.

Dessa maneira, a quantidade de lixo eletrônico produzido é equivalente ao descarte anual de pequenos aparelhos de TI e telecomunicações de países como a Holanda. Essa categoria inclui celulares, computadores pessoais, impressoras e telefones.

Reciclagem e crise global de chips

Embora os chips ASICs não possam ser reaproveitados, diversos componentes dos computadores usados na mineração podem ser reciclados. Por exemplo, as carcaças de metal e dissipadores de alumínio.

Entretanto, pouco mais de 17% de todo o lixo eletrônico global acaba sendo reciclado. Esse número é ainda menor em países em que as regulamentações são precárias e, surpreendentemente, abrigam a maioria das mineradoras.

Regulamentações ultrapassadas dificultam o processo de reciclagem de peças eletrônicas.Regulamentações ultrapassadas dificultam o processo de reciclagem de peças eletrônicas.

O estudo também faz um alerta em relação à atual crise dos chips. A alta demanda devido ao curto ciclo de vida útil de milhões de dispositivos usados na mineração pode afetar a cadeia de abastecimento global de outros eletrônicos.

Portanto, os pesquisadores sugerem que as criptomoedas, como o Bitcoin, mudem a forma de verificação das transações. Com isso, a solução seria encontrar um sistema com menos uso de computação.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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