OnlyFans diz que não está perdendo assinantes como a Netflix
Tecmundo
Após reverter sua decisão de banir a pornografia da plataforma em agosto do ano passado, a OnlyFans está passando incólume pelo atual cenário de aumento de tarifas, e conseguindo manter intacta a sua fiel rede de assinantes. “Não estamos passando por desaceleração”, garantiu a diretora de estratégia e operações (CSOO), Keily Blair, durante o evento global de fintechs Money 20/20, realizado em Amsterdã, nos Países Baixos.
Diferentemente da Netflix, que perdeu 200 mil usuários pagantes no primeiro trimestre de 2022, a OnlyFans exibe um “modelo de negócios completamente diferente”, afirma o diretor financeiro da empresa, Lee Taylor. Para ele, a provedora de filmes compete em um mercado atualmente muito saturado, enfrentando pesos-pesados como Amazon e Disney.
A OnlyFans apoia também criadores no espaço da moda. (Fonte: OnlyFans/Twitter/Reprodução.)
Assumindo o controle da própria narrativa
Quem vê com reservas a participação da OnlyFans em um evento destinado a fintechs se esquece de que a pornografia é um gigantesco mercado no mundo digital. Tanto que a sua possível retirada da plataforma do ano passado meio que "quebrou" a internet, segundo Blair, além de custar a cabeça do então CEO, o cofundador Tim Stokely.
Por isso, admite a CSOO, a participação da OnlyFans na Money 20/20 busca abordar "equívocos" sobre a marca, além de “assumir o controle de nossa própria narrativa”, diz a executiva. Além disso, a rede social construiu um sólido negócio de pagamentos que, de acordo com Taylor, chegou a pagar recentemente US$ 18 milhões (R$ 88 milhões) aos seus criadores em um único dia.
A empresa tem procurado diversificar sua atuação em outras áreas de conteúdo e, ao contrário de outras empresas de tecnologia, continua contratando. A cada mês, a OnlyFans tem crescido entre 2% e 3%, contando atualmente com mais de mil funcionários no mundo inteiro, afirma Taylor.