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Parlamento rejeita a proibição do bitcoin na União Europeia
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Parlamento rejeita a proibição do bitcoin na União Europeia

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Tecmundo
15/03/2022 19h30
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A proposta que poderia resultar no banimento do bitcoin em países da União Europeia (UE) acabou sendo rejeitada em votação no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do bloco, realizada na segunda-feira (14). O pleito no Parlamento Europeu terminou com votação apertada a favor da criptomoeda (30 a 23).

O texto colocado em discussão propunha uma regulação mais rígida para o criptoativo, tendo como argumento principal o uso exagerado de energia na mineração de bitcoins. A ideia era proibir as moedas digitais baseadas no modelo de consenso da prova de trabalho (PoW), que exige um alto poder de computação para a quebra dos códigos criptográficos.

Conforme os defensores do plano, os modelos do tipo Proof of Stake (PoS), no qual não há mineradores e a verificação das transações ocorre por meio de “validadores”, é muito mais sustentável. Ou seja, ele faz o mesmo que o modelo PoW e os serviços financeiros tradicionais, mas sem o alto gasto energético do primeiro.

O alto poder computacional exigido para minerar bitcoins resulta em gastos exagerados de energia.O alto poder computacional exigido para minerar bitcoins resulta em gastos exagerados de energia.

Dessa forma, eles queriam tornar o mecanismo PoS — utilizado por Solana, Bezos e outras criptomoedas — o modelo padrão no bloco europeu. Se aprovada a proposta, todos os criptoativos em negociação na UE precisariam se sujeitar aos padrões mínimos de sustentabilidade ambiental definidos pelo Parlamento.

Bitcoin x moedas convencionais

De acordo com estimativa do DigiEconomist, uma transação com bitcoin gasta 2.258 kWh, em média, enquanto uma operação convencional realizada com cartão Visa exige apenas 1,5 kWh. A diferença de gasto energético entre os dois mecanismos seria o suficiente para abastecer uma casa nos Estados Unidos durante 2,5 meses.

Outros cálculos apontam que a mineração da criptomoeda mais popular do mundo gaste o mesmo tanto de energia que países como Holanda, Finlândia, Dinamarca e Chile. Embora contestados, os dados têm levado a uma pressão cada vez maior contra as moedas digitais, diante do agravamento da crise climática.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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