Processo de US$ 2 bilhões da Nikola contra a Tesla é retomado
Tecmundo
Após ser arquivado no início deste mês, o processo de US$ 2 bilhões movido contra a Tesla pela startup fabricante de caminhões a hidrogênio Nikola obteve nova autorização para prosseguir em juízo. Segundo o despacho do juiz James Donato, emitido nesta terça-feira (19), a ação continuará “administrativamente fechada”, mas não encerrada.
Arquivado provisoriamente por falta de manifestação das partes às ordens do tribunal, o processo Nikola vs Tesla ganhou agora sobrevida, com dois novos prazos concedidos à reclamante até janeiro do ano que vem. Um deles para prestar esclarecimentos ao tribunal sobre as tecnologias envolvidas no processo, e outro para uma audiência específica sobre o escopo das patentes supostamente apropriadas indevidamente pela Tesla.
Dizendo-se não inteiramente convencido dos motivos alegados pela Nikola para não responder às ordens judiciais, o magistrado determinou que “o caso não será definitivamente encerrado por enquanto por insuficiência de dados para prosseguir, mas isso pode mudar se a empresa não conduzir esse caso a uma solução de maneira eficiente e tempestiva”.
O que diz a Tesla sobre a acusação de contrafação?
Fonte: Tesla Semi/Divulgação
O processo foi protocolado inicialmente em 2018, e nas alegações iniciais, a startup alegava que o caminhão elétrico Semi da Tesla, que deve entrar em produção em 2022, infringe uma série de patentes de design da Nikola. A apropriação indébita desses projetos poderia representar a perda de uma participação de mercado de US$ 2 bilhões (R$ 11,2 bilhões).
A Tesla afirma desde o início do processo não haver "nenhum mérito" para as reivindicações apresentadas. No entanto, a empresa de Elon Musk perdeu mesmo um apelo para invalidar algumas das patentes em disputa em abril do ano passado. Foi a partir dessa decisão que o CEO da Nikola, Trevor Milton, teve a ideia de processar a fabricante californiana.
Mas, nesses quase três anos de discussões a Nikola sofreu vários reveses, desde o fim da parceria com a General Motors até a prisão do próprio Milton, em julho, acusado de fraude.