Procon-SP estuda proibir pagamento na entrega em compras por app
Tecmundo
O número de reclamações registradas pelo Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) sobre golpes aplicados por entregadores de aplicativos de comida subiu mais de 136% de janeiro a julho deste ano.
Com a alta de casos, o órgão estuda maneiras para proibir as empresas de apps de delivery de aceitarem pagamentos no ato da entrega. “Como medida de prevenção, o Procon-SP já vem orientando os consumidores a efetuarem os pagamentos de forma online”, explica Fernando Capez, diretor-executivo da entidade.
Procon-SP recomenda ficar atento no momento do pagamento de entregas para evitar golpes. (Fonte: Pexels/Norma Mortenson/Reprodução)
Os golpes consistem em efetuar uma cobrança superior ao valor correto ou, ainda, na filmagem ou fotografia de dados do cartão. Os clientes apenas percebem a fraude após a realização da entrega e efetivação do pagamento. Ao reclamarem com a empresa responsável, os consumidores não conseguem reaver o valor pago indevidamente.
O Procon-SP registrou 341 reclamações contra apps de delivery de comida nos sete primeiros meses de 2021, enquanto no mesmo período do ano passado foram 144 casos. Desde janeiro de 2020 até julho deste ano, os valores reclamados pelos clientes ultrapassam os R$ 1,3 milhão.
No período, o iFood é a empresa com o maior número de reclamações. Entre o ano passado e este ano, foram 279 reclamações com um valor reclamado de R$ 726 mil. O Rappi teve 225 casos registrados pelo Procon-SP, que somam R$ 485 mil. O Uber Eats teve 167 reclamações no órgão, com um total de R$ 135 mil.
O Procon-SP lançou um vídeo ensinando como os consumidores podem evitar cair no golpe. Entre as orientações, estão conferir o valor da compra e pagar apenas pelo app. O cartão nunca deve ser passar às mãos do entregador.
O órgão pede para o cliente ficar atento se máquina tem o visor quebrado ou não permite a leitura dos dados e para desconfiar sempre que o entregador solicitar o pagamento de um valor extra.
Em caso de dúvida ou situação diferente, o Procon-SP orienta que o consumidor entre em contato diretamente com o estabelecimento onde efetuou o pedido.
