Putin 'descobre' o que é YouTube com criança de 10 anos
Tecmundo
O presidente russo Vladimir Putin estava fazendo uma visita alusiva ao "dia do conhecimento" em uma escola da cidade de Vladivostok na última quarta-feira (1º), quando uma pergunta de uma criança deixou o líder confuso.
O garoto Yegor, de apenas 10 anos, pediu ao presidente que se inscrevesse em seu canal Red Fork. Putin se mostrou confuso e começou a gaguejar, sob o riso das crianças. "Mas o que eu devo assinar? Eu não entendi. Yegor, o que você gostaria que eu assinasse?", perguntou o presidente.
O estudante então explica: "No canal do YouTube. É um website de mídia social." Putin reage com um "Ah, ok, ok." O garoto então insiste, "você vai se inscrever?". O presidente então pergunta "no seu canal?", mas não responde ao estudante.
O correspondente do jornal britânico The Independent em Moscou, Oliver Carrol, divulgou o vídeo no seu twitter, criticando o líder russo, conhecido por ser contra as redes sociais. "Em mais um momento, Putin revela que pode não estar ciente do funcionamento do mundo moderno", tuitou.
Mesmo sem contar com a confirmação do presidente, o canal do garoto, que aborda temas como videogame, Lego e meio ambiente, recebeu mais de dois mil inscritos poucas horas depois da divulgação do encontro com Putin.
Internet na Rússia
Putin é conhecido por censurar a internet na Rússia. (Fonte: YouTube/Reprodução)
O presidente russo chegou a declarar anteriormente que a internet é um projeto da CIA. A Rússia chegou a desenvolver uma rede doméstica semelhante, mas se desconectou da rede global durante um curto teste piloto em 2019.
Durante a palestra na escola, o líder afirmou que muitas informações disponíveis na rede são "lixo". Putin pede prudência ao acessar conteúdos online. "Cuide de você e de seus entes queridos", recomenda.
Recentemente, a censura na internet vem aumentando no país, com bloqueio de sites de oposição, ações judiciais contra usuários que estimulam protestos e multas regulares à plataformas sociais, como Facebook e Google, por supostamente não cumprirem as leis locais.