Quanto mais dados, mais importante são as pessoas
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Tecmundo
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Assim como a digitalização, a utilização de dados como base para a estratégia de negócios das empresas não é uma novidade. Até os feirantes, por mais analógica que seja uma barraca de feira, utilizam as informações/dados de seus clientes para decidir que produto levar para a feira de cada dia da semana e/ou bairro visitado.
A possibilidade de trabalhar milhões de dados e processá-los rapidamente com a ajuda de algoritmos é de fato mais recente. De alguns anos para cá, não é raro que as empresas se apresentem como data driven. De fato, eu não duvido.
Não duvido que tenham arquivado, milhares e milhares de dados sobre seus consumidores. Desde data de nascimento, estado civil, endereço, renda, entre outras informações. Tudo aquilo que nos pedem quando preenchemos cadastros e mais cadastros em busca de privilégios e promoções, enquanto consumidores.
Mas para ser uma empresa de data driven de fato é preciso saber exatamente o que fazer com tantos dados armazenados. Só quando a análise nesses dados se transforma em estratégias e essas se transformam em iniciativas práticas é que uma empresa pode ser chamada dessa forma.
É exatamente no uso inteligente desses dados, que está o grande desafio. Nesse momento, quando a empresa já conseguiu acumular dados e armazená-los de forma segura e confiável vem a grande pergunta: o que fazer com eles?
Além de captar, é preciso saber o que fazer com tantos dados e tirar deles respostas que ajudem as empresas a continuarem inovando e sendo relevantes no mercado. Sempre que falamos sobre empresas data-driven pensamos no mercado B2C, mas não são só as empresas que se relacionam direto com seus clientes que se beneficiam dos dados. O mercado B2B também pode se beneficiar da utilização dos dados. Na verdade, a era do achismo e da percepção acabou para qualquer tipo de mercado e empresa.
Numa empresa data-driven as decisões são tomadas com base em comprovações e previsões seguras, que devem ser muito mais confiáveis ??do que decisões baseadas em suposições ou percepções. Porém, há um caminho longo ainda a ser percorrido. Segundo o Gartner, apenas 3% dos dados coletados são efetivamente usados para algo.
Os profissionais perdem 37% do seu tempo procurando os dados que precisam. Ao mesmo tempo, os profissionais perdem 23% do seu tempo gerenciando os dados. Mais uma vez, fica evidente que a tecnologia por si só não faz milagre. Quanto mais dados armazenados, mas precisamos das pessoas.
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Vittorio Danesi é empreendedor e executivo do mercado brasileiro de tecnologia há quase 35 anos. Ele é CEO da Simpress, que foi comprada pela HP, embora continue operando de forma independente. Recentemente, junto de outros empresários, criou o grupo BR Angels, que reúne executivos que investem em startups.
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