Ratchet & Clank: do pior ao melhor, segundo a crítica
Tecmundo
Diversos jogos ótimos nasceram durante a era PS2 mas se perderam com o tempo. Algumas até sobreviveram mais gerações, mas encontraram rapidamente sua perdição. Já a que vamos falar hoje já apareceu em 4 consoles da Sony e provavelmente continuará no radar dos fãs.
Uma dupla formada por um Lombax mecânico e um robô genial? Nada mal. Vocês pediram, votaram e aqui está o do Pior ao Melhor da franquia Ratchet & Clank. Aqui estão nossos critérios, prestem bastante atenção:
Ratchet & Clank Future: Quest for Booty, lançado em 2008, é o segundo jogo da saga Future, acompanhando Ratchet em busca de Clank, que foi raptado por Zoni após o final de Tools of Destruction, que chegou aos mercados no ano anterior.
Mesmo que sua gameplay seja bem similar ao de seus antecessores, ele foca muito mais nas partes de plataforma e de quebra-cabeças, além de introduzir features como a habilidade de pegar itens com o Omniwrench Millennium 12.
O jogo foi elogiado por seus visuais lindos, um dos mais bonitos do PS3 na época de lançamento, pelo seu extremo foco na ação, pela ótima trilha sonora, pelo ritmo excelente e pela exclusão de minigames horríveis, mas foi criticado pela falta do Captain Quark e Clank, pela falta de missões de arena e por não incentivar o replay. Sua nota é 76.
E também em último lugar, temos Ratchet & Clank: Into the Nexus, lançado em 2013, que é o quarto e último jogo da saga Future. Sua história se passa pouco tempo depois dos eventos de Full Frontal Assault, com Ratchet, Clank, Cronk e Zephyr escoltando a criminosa Vendra Prog para uma prisão remota onde cumprirá sua sentença, mas tudo para os ares quando seu irmão gêmeo Neftin Prog, também conhecido como Mr. Prog, invade o local para salvar sua parente, matando Cronk e Zephyr no processo.
Um dos pontos principais do jogo é a sua gravidade, sendo utilizada para viajar para locais de difícil acesso. Diversas novas armas e gadgets foram introduzidas, como a Winterizer, que cria um tornado que congela os inimigos e os transforma em bonecos de neve, e a Nightmare Box, dispositivo que assusta os inimigos, facilitando suas eliminações.
Os analistas elogiaram os controles fantásticos e fluidos, o maravilhoso senso de humor, o foco na ação, os níveis curtos mas divertidos e o modo Challenge que coloca mais picância na campanha, mas ele possui diversas armas pouco inspiradas, possui texturas e modelos de personagens datados, tem uma campanha curta e sua última fase é bem fraca. Sua nota é 76.
Ratchet: Deadlocked, lançado em 2005, acompanha Ratchet, Clank e AI, que foram raptados e obrigados a competirem no DreadZone, um game show que obriga heróis matarem uns aos outros. Para piorar, Ratchet é forçado a usar o DeadLock, colar que irá explodir se o protagonista não cooperar ou ficar chato. Agora, os três precisam desativar o dispositivo e salvar todos que estiverem no local.
Sua jogabilidade é bem parecida com a dos outros jogos da série, mas ele foca mais na parte de tiroteio, trazendo dez armas bem diferentes e diversas modificações para serem utilizadas. Diferente de seus antecessores, Clank não serve como jetpack mas pode ser usado na ação caso sua skin seja desbloqueada. Há um modo coop, que os jogadores devem trabalhar juntos e administrar recursos enquanto derrotam todos os inimigos no caminho. O título ainda conta com multiplayer, tanto local quanto online, com modos de jogo como Conquest, Deathmatch e Capture the Flag.
Os analistas gostaram de sua apresentação, gráficos e áudios, as melhorias no sistema de armas, o modo cooperativo, o multiplayer online e seu humor aliado ao seu estilo. Ao mesmo tempo, eles criticaram sua campanha surpreendente curta, as poucas novidades em relação a outros jogos da série e a diminuição do papel de Clank. Sua nota é 81.
Ratchet & Clank, lançado em 2016, é uma reimaginação do primeiro jogo da franquia, que tinha chegado ao mercado 14 anos antes. Nele, acompanhamos o jovem mecânico Ratchet, que sonha em se juntar ao grupo de heróis Galactic Rangers, e seu pequeno amigo Clank, um robô de guerra defeituoso, que têm como tarefa informar o grupo de benfeitores sobre o plano maligno de Alonzo Drek, que planeja matar todos eles com um exército de robôs.
A gameplay é bem parecida com outros games da franquia, mas traz novidades como upgrades de vida, armas automáticas, upgrade manual de armamentos com Raritanium e um arsenal que não estava presente no título original.
Poucos dias após seu lançamento, chegou aos cinemas o filme de animação Ratchet & Clank, baseado na série de jogos e que inclusive usa modelos de personagens criados pela Insomniac.
Para a crítica, ele usa muito bem o humor, tem muitas variações na gameplay, os controles são ótimos, a variedade de armas e gadgets é bem grande e o visual é incrível, mas a história não é tão bem desenvolvida assim. Sua nota é 85.
Ratchet & Clank Future: A Crack in Time, lançado em 2009, ficou em quinto lugar na lista. A história se passa após Quest for Booty e acompanha Ratchet e Captain Qwark que acabam se envolvendo em uma acidente que os leva ao planeta Quantos enquanto ambos estavam buscando o pequeno robô Clank.
O jogo trouxe algumas novidades na jogabilidade, como o Chronoscepter, que conserta objetos quebrados após serem atingidos pela ferramenta, e a criação de hologramas de Clank para que o jogador esteja teoricamente em dois lugares ao mesmo tempo. É possível também viajar com a pequena nave entre planetas, podendo passar inclusive em pequenas luas para cumprir desafios opcionais.
A Crack in Time foi muito elogiado por suas partes de puzzle, seu combate suave e recompensador, pela quantidade de armas e gadgets divertidos, pela possibilidade de explorar o universo e pelos diversos coletáveis, mas criticado por sua câmera em mundos esféricos e suas paredes invisíveis que atrapalham em certos momentos. Sua nota é 87.
E voltamos às origens com Ratchet & Clank, lançado em 2002, que foi o primeiro título da série a chegar ao mercado. Assim como na sua reimaginação de 2016, a história segue Ratchet e Clank em busca de avisar e pedir ajuda do grupo Galactic Rangers para parar os planos do maligno Alonzo Drek, também conhecido como Chairman Drek.
O jogo mistura tiro com plataforma e puzzle, trazendo diversas armas e gadgets diferentes que serão utilizadas para derrotar os inimigos e passar pelos mais diversos obstáculos. Além de servir como companion e jetpack, Clank é jogável em algumas partes específicas que Ratchet não consegue alcançar.
O game foi muito elogiado na época por conta de seus gráficos, gameplay, atuação, áudio, trilha sonora e sua pegada cômica, enquanto foi criticado pela sua câmera, caracterização de Ratchet e a baixíssima dificuldade nos primeiros níveis. Sua nota é 88.
Lançado em 2021, Ratchet & Clank: Rift Apart não é uma continuação do remake de 2016, mas sim de Into the Nexus, com o Dr Nefarious roubando a Dimensionator, arma capaz de abrir fendas para outras dimensões que tinha sido dada a Ratchet por Clank para que ele pudesse procurar pela sua raça Lombax. Como vocês sabem, um vilão em posse de uma arma poderosa não poderia dar certo.
O título chegou exclusivamente ao PS5 pois a Insomniac se aproveitou muito do poderoso SSD do console, já que não há telas de carregamento mesmo com grandes mudanças de áreas ou dimensões. Ele traz uma nova protagonista para dividir tela com os conhecidos Ratchet & Clank: a lombax feminina Rivet, que possui basicamente as mesmas habilidades de Ratchet. O game traz diversas melhorias na jogabilidade, novas armas e diversas opções de acessibilidade.
Rift Apart foi elogiado pela apresentação linda, pelos novos poderes que deixaram as partes de plataforma divertidas e trouxe novidades no combate, pela experiência com o DualSense e pela nova personagem Rivet, que conquistou corações. As missões de voo são estranhas e imprecisas, mas isso não muda o fato de que o jogo impressionou tanto público quanto crítica, ficando com 88 de nota.
E chegamos ao podium. Começamos com o terceiro lugar ocupado por Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction, lançado em 2007. Ele é o primeiro título da saga Future, acompanhando nossos queridos Ratchet e Clank a caminho do planeta Kerwan, localizado na galáxia Polaris, que foi invadido pelo Imperador Tachyon que tem como objetivo acabar com o último lombax, que a essas alturas vocês já sabem quem é.
Entre as novidades, esse é o primeiro jogo da série em que os personagens conversam com seus lábios acompanhando, isso fora das cutscenes, Clank pode desacelerar o tempo em algumas partes e foram introduzidos os devices, que são como armas mas não dão dano, só benefícios para os jogadores.
O game foi tão bem visto na época que alguns analistas disseram que ele era um dos melhores títulos do PS3 até aquela época, com elogios relacionados às suas mecânicas de tiro e de plataforma, lotado de armas úteis e divertidas, com visuais coloridos e lindos além de ótimos controles. Sua nota é 89.
Ratchet & Clank 2: Going Commando, lançado em 2003, ficou em segundo lugar na nossa lista. Esse é o segundo game da série, com nossos queridos heróis, acompanhados por Angela Cross, em busca de revelar uma conspiração misteriosa chamada "pet project", orquestrada pela MegaCorp.
Grande parte de sua jogabilidade é a mesma de seu antecessor, mas com diversas melhorias e atualizações na gameplay, aliadas a novidades, como os upgrades nas armas. Uma coisa interessante é que, caso tenha um save do primeiro jogo, o player desbloqueará armas “retro” para usar de forma gratuita.
O título foi aclamado pelo seu ritmo, pelos seus visuais coloridos, pelas suas cutscenes, o design dos personagens melhorados e os efeitos sonoros, mas criticado pela dificuldade, que é inconstante. Sua nota é 90.
Ratchet & Clank: Up Your Arsenal, lançado em 2004, é o terceiro jogo da série e ficou em primeiro lugar. Dessa vez, nossos heróis irão lutar pra salvar o universo do maligno vilão robótico citado outras vezes nessa lista, Dr. Nefarious.
O game introduz novas features como novos sistemas de controle e uma expansão no sistema de upgrade de armas, além de ser o primeiro a ter features online, contando com 3 modos de jogo disponíveis e suporte para até oito jogadores.
O jogo foi muito elogiado por seu modo multiplayer muito bem feito, pelos seus ótimos gráficos, pelos seus efeitos sonoros polidos, pelo seu arsenal recheado e pelas diversas novas atividades, mas criticado por ser fácil demais. Sua nota é 91, aproveite a medalha de ouro.