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Reuniões online ajudam a combater as mudanças climáticas
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Reuniões online ajudam a combater as mudanças climáticas

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Tecmundo
23/12/2021 10h30
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A pandemia de covid-19 alterou drasticamente a vida de muitas pessoas. Um efeito colateral foi a popularização de plataformas de videoconferências, odiadas por muitos. Mas uma nova pesquisa mostrou que essa mudança tem consequências favoráveis para o meio-ambiente.

Publicado na revista científica Nature Communications, um estudo mostrou que uma reunião de trabalho tem  redução de até 94% das pegadas de carbono geradas. Se for feita em modelo híbrido com metade dos participantes presenciais, a porcentagem cai para 67%. Ainda assim a natureza sai ganhando.

Reuniões virtuais ajudam a reduzir as emissões de carbonoReuniões virtuais ajudam a reduzir as emissões de carbono

Quando falamos de eventos e convenções, o impacto é significante. Segundo o artigo, anualmente essa indústria tem pegadas de carbono no mundo todo equivalente ao das emissões dos Estados Unidos, maior poluidor do planeta.

“Todos nós vamos a eventos. Nós voamos, dirigimos, fazemos check-in em um hotel, damos uma palestra, conhecemos pessoas - e pronto ", diz, em nota publicada pela universidade, o pesquisador Fengqi You, um dos responsáveis pela pesquisa.

Convenções também geram muito carbono através do consumo de energia elétrica, uso de papel, consumo de alimentos e na geração de lixo. Mas, segundo os autores, não podemos esquecer que as videoconferências também consomem energia e usam equipamentos.

Novo normal

Os autores afirmam que os dados coletados podem beneficiar a organização de eventos no futuro. Aumentar o número de participantes online é a principal medida para reduzir o impacto ambiental dessas conferências.

O número de encontros internacionais com mais de 50 pessoas tem dobrado a cada 10 anos. A expectativa é que a indústria de convenções cresça mais de 10% na próxima década. Isso representa um aumento expressivo das emissões de gases estufas.

Nesses eventos são liberados quase 3 mil quilos de carbono por participantes. Em 2017, foram mais de 1,5 bilhão de participantes de cerca de 180 países que viajaram para participar de conferências. 

Conferência estritamente presenciais podem estar com os dias contadosConferência estritamente presenciais podem estar com os dias contados

Os pesquisadores sugerem medidas que podem reduzir esse valor. Viajar em voos com menos escalas é uma delas

Além disso, a promoção de mais eventos regionais é positiva para o meio ambiente. Selecionando cuidadosamente as cidades anfitriãs para os eventosé possível reduzir o uso de meios de transporte. Mas há um limite. Um número exagerado de eventos com pouca adesão pode ser mais prejudicial.

Em congressos virtuais, é necessário pensar, por outro lado, em melhorias da eficiência energética do setor de tecnologia da informação e comunicação. Isso pode ser feito com o uso de fontes de energia renovável, apontam os autores.

“Há muito interesse e atenção nas mudanças climáticas, portanto, mudar de conferências presenciais para eventos híbridos ou remotos seria benéfico”, afirma o professor You. “Mas também devemos ser cautelosos e otimizar as decisões em termos de seleção de centros e determinação dos níveis de participantes para reuniões híbridas.”

ARTIGO Nature Communications: doi.org/10.1038/s41467-021-27251-2

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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