RTX 3050: veja o desempenho e especificações da GPU da Nvidia
Tecmundo
A RTX 3050 para desktops é uma das placas mais recentes da série 3000. Com a crise dos semicondutores e dúvidas sobre posicionamento no mercado, seu lançamento para PCs de mesa foi, e ainda é, bastante questionado.
As GPUs Ampere de entrada estavam disponíveis iniciantemente apenas para o segmento de laptops, na tentativa de desafogar linhas de produção ao migrar a fabricação de SKUs GTX para a nova arquitetura. Com projeções da normalização do fornecimento de componentes e preços das placas de vídeo, a Nvidia lançou a RTX 3050 para desktops em janeiro de 2022, também mirando em substituir as placas GTX. Pensando nisso, o TecMundo preparou uma análise sobre como a placa se sai nessa missão.
Especificações da GeForce RTX 3050
- Núcleos NVIDIA CUDA: 2560
- Boost Clock (MHz): 1777
- Clock básico (MHz): 1552
- Velocidade da memória: 14 Gbps
- Memória: 8 GB GDDR6
- Interface: 128-bit
- Largura de banda da memória: 224 GB/s
- Ray Tracing (Hardware): Sim
- PCI Express 4.0: Sim
- NVIDIA DLSS: Sim
- NVIDIA G-SYNC™: Sim
- Drivers Game Ready: Sim
- Microsoft DirectX 12 Ultimate, Vulkan API, OpenGL 4.6: Sim
- DisplayPort 1.4a, HDMI 2.1: Sim
- HDCP 2.3: Sim
- NVIDIA GPU Boost™: Sim
- VR Ready: Sim
- USB Type-C e VirtualLink: Yes
- Resolução Máxima Suportada: 7680x4320 (8k)
Após pular RTX 2050 na geração passada, Nvidia traz Ray Tracing ao segmento de entrada, finalmente.
Além de trazer o dobro dos núcleos CUDA das GTX 1650 SUPER, a RTX 3050 conta com núcleos Tensor e RT, fazendo dela a primeira placa final -50 compatível com Ray-Tracing e DLSS, mas naturalmente ainda fica abaixo do desempenho das RTX 2060. Lembrando que a Nvidia não lançou modelos RTX 2050, que apenas agora chegarão como uma variação mais simples do chip da 3050, e exclusivamente para laptops.
GeForce RTX 3050 vs. RTX 2060
É importante frisar que o segmento com final -50 é sempre pensado para não canibalizar as placas -60 da geração anterior, então o desempenho não é revolucionário, mas consegue entregar uma boa experiência para uma placa de entrada.
Até o momento, a Nvidia não divulgou planos de aposentar a família GTX, mas o resultado em testes sintéticos colocam a RTX 3050 a frente das GTX 1660. Com valores sugeridos de US$ 249 (R$ 1.218 em conversão direta) e US$ 219 (R$ 1.072), respectivamente, a diferença de preço não justifica comprar uma GPU que já não conta com tecnologias mais recentes.
RTX 3050 tem desempenho das GTX 1660, mas é compatível com Ray Tracing e DLSS
Desempenho real em jogos
Aa placa não foi projetada para entregar os melhores gráficos e taxas de quadro acima dos 60 fps, então é importante manter as expectativas alinhadas. Apesar de trazer Ray Tracing (RT) e Deep Learning Super Sampling (DLSS) ao segmento de entrada, a GeForce 3050 ainda é uma placa com projeto térmico de apenas 120W, entre outras limitações técnicas.
Em jogos competitivos como Apex Legends, Call of Duty: Warzone, a placa se sai muito bem, entregando mais 60 fps estáveis em resolução FullHD (1080p) e gráficos no Máximo. Ao ativar o DLSS, essa taxa de quadros sobe ainda mais, já justificando o investimento extra pela tecnologia.
Títulos Triplo A
No caso dos jogos de alto orçamento o resultado também é satisfatório. Por não ser projetada para texturas e efeitos gráficos altíssimos, a RTX 3050 ainda surpreende em muitos jogos consideravelmente pesados.
Cyberpunk 2077
O jogo da CD Projekt Red é uma das provas de fogo mais pesadas para placas de vídeo, e mesmo com Ray Tracing ativado e gráficos no Ultra, a GPU de entrada consegue entregar pelo menos 30 fps estáveis em QuadHD (1440p), experiência bem superior a de consoles da geração passada.
Entretanto, para alcançar essas configurações mais altas é indispensável que os jogos já sejam compatíveis com DLSS. Tentar rodar títulos pesados sem ativar a tecnologia de super-resolução é sofrível, não apenas por médias abaixo de 20 fps, mas por diversos problemas de artefatos e renderização.
Red Dead Redemption 2
Outro título que exige bastante da GPU é Red Dead Redemption 2, e a RTX 3050 supera o desafio com certa facilidade. Mesmo resolução em 4K e gráficos equivalentes ao Xbox Series X, o jogo roda com média estável de 45 fps, ótimo resultado para o segmento em questão.
Como o público alvo da GeForce 3050 não é o dos monitores 4k, os resultados em 1080p e 1440p fazem dela uma boa opção, unindo qualidade e desempenho por preços menos proibitivos que outros modelos da série 3000. Atualmente, a RTX 3050 é encontrada por 30% e 40% a menos que as RTX 3060, mas cai na mesma faixa das RTX 2060, custando cerca de R$ 2.400.
É uma boa compra?
Optar pela placa Ampere é uma decisão que depende de muitos fatores. O primeiro é a configuração do setup em questão, no caso de upgrades. PCs equipados com uma GTX 1660, pelo menos, já entregam resultados muito próximos do que a 3050 é capaz.
Por outro lado, cada vez mais, será necessário utilizar ao menos o DLSS para conseguir resultados satisfatórios em computadores mais modestos. Nesse ponto, ela cumpre bem o seu papel, inclusive com alguma vantagem, mas por seu preço atual, a RTX 2060 ainda é uma opção melhor.
RTX 3050 não surpreende ao perder para RTX 2060 em testes sintéticos
Sendo assim, o que define a compra da placa Ampere é, principalmente, qual a urgência do usuário. A não ser que entremos em outra crise de fornecimento de insumos eletrônicos, ou que as criptomoedas passem por um novo boom, a tendência é que o preço dessas placas caia.
Caso essa queda não posicione a GeForce RTX 3050 abaixo das placas RTX com chip Turing, é bem provável que ela represente apenas uma última opção para quem estiver montando um PC e não quiser comprar GPUs de segunda mão.