Rússia explode satélite e coloca em risco Estação Espacial
Tecmundo
A Rússia lançou um míssil terrestre para destruir um de seus satélites nesta segunda-feira (15). A explosão gerou mais de 1.500 fragmentos rastreáveis e milhares detritos menores impossíveis de localizar, que se espalharam pela órbita da Terra, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Os detritos espaciais cruzam com a Estação Espacial Internacional (ISS) a cada 93 minutos a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora, colocando em risco a vida de sete pessoas, três astronautas americanos, um astronauta japonês, um astronauta francês e dois cosmonautas russos, que vivem no local.
Além deles, três astronautas da NASA e um astronauta alemão da Agência Espacial Europeia, que estavam dentro da SpaceX Crew Dragon, recentemente ancorada com a ISS, tiveram de tomar mais cuidado ao abrir as escotilhas da nave para entrar na estação espacial.
Testes de sistemas antissatélites
Durante os últimos dois anos, o Comando Espacial dos Estados Unidos tem rastreado os testes de sistemas antissatélites (ASAT) realizados pela Rússia. Em 2020, foram identificados dois testes com a tecnologia, mas que parecem não ter destruído nenhum alvo no espaço. Desta vez, porém, a tentativa colocou fim em um antigo satélite russo chamado Kosmos 1408, lançado em 1982.
Vale ressaltar que os russos não são os únicos a realizar esses lançamentos de mísseis, vistos como demonstração de força bélica espacial. A China realizou um teste ASAT em 2007, que destruiu seu satélite Fengyun 1C e criou milhares de pedaços de lixo espacial, muitos ainda em órbita pela Terra. Já a Índia realizou uma operação semelhante em 2019, criando centenas de fragmentos.
Os Estados Unidos também realizaram um teste ASAT em 2008, quando destruíram um satélite lançado pelo National Reconnaissance Office, que estava saindo de órbita com um tanque com meia tonelada de um combustível tóxico chamado hidrazina.