Rússia possui 'esferas robóticas' para espionar zonas de guerra
Tecmundo
Uma “bola robótica” equipada com microfones e câmeras, utilizada durante missões de espionagem em zonas de guerra, está entre as opções de armas tecnológicas que a Rússia tem à disposição para o conflito na Ucrânia, iniciado no dia 24 de fevereiro. O equipamento vem sendo desenvolvido há alguns anos.
Batizado oficialmente de “Sphera”, o dispositivo espião possui quatro câmeras, fornecendo uma visão de 360 graus do ambiente, além de microfones espalhados pelo seu corpo, cujo formato lembra o de uma granada e remete ao droide BB-8 de Star Wars. Luzes e um transmissor também estão presentes no aparelho.
Conforme relata o Mirror, a proposta é utilizar o robô em zonas problemáticas de guerra. O mecanismo possibilita espionar o ambiente e auxiliar os militares na tomada de decisões, antes do envio de soldados humanos ao local, a partir das informações coletadas.
A Sphera se parece com uma granada.
As imagens e o áudio registrados por ele são transmitidos para um operador, que deve estar próximo dali, a no máximo 50 metros de distância. Por meio de um controle com tela, o militar consegue visualizar os vídeos do interior de edifícios, armazéns e outros tipos de locais, além de ouvir o som ambiente.
Uso na Ucrânia?
Capazes de operar em temperaturas extremas, seja no frio (20ºC negativos) ou no calor (45ºC), os pequenos robôs espiões foram projetados para serem eficazes em diferentes tipos de batalhas. Eles estiveram em teste pela primeira vez em 2018, na Síria, quando a Rússia forneceu apoio militar ao governo local.
Na época, os militares que utilizaram o dispositivo sugeriram algumas mudanças para torná-lo melhor e mais eficiente, mas não se sabe se elas foram feitas. É válido destacar o alto custo para o uso do equipamento, já que cada uma das Spheras custava £ 18.500, o equivalente a R$ 124 mil pela cotação atual.
Imagens fornecidas pela bola robótica.
Até o momento, não há relatos de que as bolas robóticas espiãs tenham sido usadas pelas tropas russas na invasão à Ucrânia. Enquanto isso, o governo liderado por Vladimir Putin está investindo em outros tipos de tecnologias, especialmente os ataques virtuais, travando uma verdadeira guerra cibernética contra o país vizinho.