Rússia quer proibir transações e mineração de criptomoedas
Tecmundo
Seguindo um caminho semelhante ao adotado pela China, que baniu o uso das moedas digitais no país em 2021, a Rússia quer proibir a mineração e as transações com criptomoedas em seu território. A proposta foi divulgada nesta quinta-feira (20) pelo Banco Central russo.
De acordo com o relatório da instituição, a medida é justificada pela alta volatilidade dos criptoativos e a sua utilização para lavagem de dinheiro e o financiamento de ações terroristas. Tais características representariam uma ameaça à estabilidade financeira, aos cidadãos e à política monetária do país.
O texto cita ainda que a demanda especulativa determina o rápido crescimento das criptomoedas, além de relacioná-las aos esquemas de pirâmide financeira e à formação de bolhas no mercado. Diante disso, o órgão quer proibir a realização de quaisquer tipos de transações envolvendo dinheiro digital.
O Bitcoin e outras criptomoedas podem enfrentar uma forte repressão no território russo.
Para tanto, a proposta do Banco Central da Rússia prevê o desenvolvimento de mecanismos, pelas instituições financeiras, que bloqueiem as operações de compra e venda de bitcoins e outros criptoativos por moedas fiduciárias no território nacional. A proibição inclui também as trocas de criptomoedas, mas não restringe a posse delas.
Alta no consumo de energia
Em relação à mineração de moedas digitais, a entidade afirmou que o processo vem criando problemas para o setor elétrico, devido ao alto consumo de energia. Em algumas ocasiões, também é necessário usar combustíveis fósseis para alimentar o sistema liderado por computadores poderosos.
O país é o terceiro maior minerador de criptos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e o Cazaquistão, respondendo por 11,2% do hashrate global. Para acabar com as dificuldades geradas pelo procedimento, “a melhor solução é proibir a mineração de criptomoedas na Rússia”, declarou o banco.
Segundo o órgão, o volume anual de transações com moedas digitais no mercado russo chega a US$ 5 bilhões, o equivalente a R$ 27 bilhões pela cotação atual.