Terceira dose da vacina Pfizer é necessária contra ômicron, diz empresa
Tecmundo
A terceira dose da vacina Pfizer/BioNTech é necessária para neutralizar a variante ômicron do coronavírus SARS-CoV-2. Estudos mostraram que esquema vacinal com apenas duas doses tem eficiência reduzida contra a nova cepa.
O anúncio foi feito em comunicado oficial pelas duas empresas. O sangue coletado de pacientes um mês após receberem a dose de reforço neutralizou a variante ômicron em níveis comparáveis aos observados após duas doses para a cepa selvagem do coronavírus.
Nova variante ômicron deixou sociedade em alerta e pôs vacinas à prova (Fonte: Shutterstock)
“Garantir que o maior número possível de pessoas esteja totalmente vacinado com as duas doses e uma de reforço continua a ser o melhor plano de ação para prevenir a propagação da Covid-19”, diz Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer no comunicado.
A variante ômicron já foi detectada no Brasil, os primeiros casos foram identificados em São Paulo. No país, a terceira dose dos imunizantes disponíveis contra o coronavírus está sendo aplicada desde setembro.
A cepa foi identificada na África do Sul em novembro. Em apenas dois dias foi declarada como variante de preocupação pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em tempo recorde, colocando todos os países em estado de alerta. Desde então, farmacêuticas e pesquisadores estão preocupados em entender com as vacinas existentes se comportarão.
Uma das defesas imunológicas promovidas pela vacina da Pfizer são as chamadas células T, programadas para atuar em proteínas específicas do vírus, prevenindo o agravamento do quadro clínico.
A nova cepa possui mutações que ajudam no escape vacinal. A ômicron tem alterações nessas proteínas que dificultam a atuação das células T, sendo necessária a dose extra como refoço.
As empresas Pfizer e BioNTech estão trabalhando juntas em uma nova formulação contra a ômicron, esperada para março do próximo ano. As empresas já desenvolveram com sucesso outros imunizantes específicos contra variantes anteriores.
Os dados dos estudos divulgados ainda são preliminares, e os laboratórios pretendem continuar coletando dados para avaliar a eficácia da vacinação no mundo real e confirmar a proteção contra a nova cepa