Ucrânia convoca hackers para ajudar na defesa contra a Rússia
Tecmundo
A Ucrânia está pedindo em fóruns para que hackers ajudem a proteger a infraestrutura cibernética do país contra o exército russo. Além disso, o governo do país europeu quer que os profissionais ajudem em missões de espionagem contra os comandados de Putin.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pela Reuters, que disse ter recebido a informação de envolvidos no esquema de divulgação. O pedido para voluntários para a missão teria partido do Ministério da Defesa ucraniano, que não confirmou a informação.
"Comunidade cibernética ucraniana! É hora de se envolver na defesa cibernética de nosso país", dizia um dos posts encontrados em um fórum de hackers. A publicação pedia para que os especialistas em segurança cibernética enviassem, por meio do Google Docs, um arquivo listando as especialidades e o histórico profissional.
Yegor Aushev, que é cofundador de uma empresa de segurança cibernética na capital ucraniana Kiev, afirmou à agência que escreveu a publicação depois de um pedido de um funcionário de alto escalão do Ministério da Defesa. Uma outra fonte anônima informou a mesma coisa, de que a pasta de segurança está procurando pelos voluntários.
O cofundador da companhia de segurança também contou à Reuters que os hackers seriam divididos em duas unidades distintas: defensivas e ofensivas. O grupo defensivo ficaria responsável por defender toda a infraestrutura do país, principalmente sistemas essenciais como energia e distribuição de água.
Enquanto isso, os ofensivos ajudariam os militares ucranianos a espionar o exército russo."Temos um exército dentro de nosso país", pontuou Aushev. "Precisamos saber o que eles [russos] estão fazendo”, complementou.
Guerra cibernética
Além dos confrontos por terra, água e mar, o conflito entre Ucrânia e Rússia também tem acontecido de forma digital. Ataques cibernéticos derrubaram, na última quarta-feira (23), os sites do Ministério da Defesa, do Ministério de Relações Exteriores, do Serviço de Segurança e do gabinete de ministros ucranianos.
A Rússia foi responsabilizada pela ação, apesar de oficialmente negar ter sido a responsável pelos atos. Também na quarta, um software foi descoberto circulando na Ucrânia entre centenas de pesquisadores.
Nesta sexta-feira, o grupo hacktivista Anonymous declarou “guerra cibernética” contra a Rússia. O coletivo anunciou a ofensiva com uma curta mensagem em sua conta oficial no Twitter.