Ucrânia: invasão russa pode ser acompanhada pelo Google Maps
Tecmundo
As informações de trânsito oferecidas pelo Google Maps podem ser utilizadas para acompanhar o avanço da invasão da Rússia sobre a Ucrânia. Além disso, o aplicativo está sendo usado para que civis possam encontrar com mais facilidade os abrigos antiaéreos mais próximos de sua localização.
Jeffrey Lewis, professor especializado em controle de armas do Instituto de Estudos Internacionais de Middlebury em Monterey, na Califórnia, está combinado os dados do aplicativo com imagens de radar para analisar o movimento das tropas russas. Ao Washington Post, ele afirmou que pôde identificar a invasão horas antes do evento se tornar público.
A equipe de pesquisadores também notou engarrafamentos fora do horário de pico, um indício de que os civis ucranianos estavam sendo parados enquanto fugiam das zonas com conflitos em andamento. No mesmo local, a equipe de estudiosos identificou, por imagens de satélite, uma formação de blindados russos.
Além disso, a Embaixada da Índia em Kiev emitiu um comunicado oficial orientando que os estudantes e outros indianos usem o Google Maps para achar locais protegidos dos ataques aéreos russos. O aplicativo, no entanto, não confirmou se está oferecendo informações para auxiliar os civis no conflito.
Recursos de emergência
Google Maps não pronunciou sobre recursos de emergência em meio a conflito na Ucrânia. (Fonte: Google Maps/Reprodução)
O Google Maps oferece informações úteis de trânsito, como congestionamentos ou acidentes, sob apoio da inteligência artificial (IA). No entanto, ao longo dos anos, o aplicativo começou a adicionar outras funcionalidades, incluindo alertas de emergência e desastres naturais para que os usuários pudessem evitar os perigos.
Durante a pandemia, o app passou a exibir o número de casos ativos de covid-19 em cada região do mundo, além de restrições de circulação e lembretes de uso obrigatório de máscaras em transporte público.
Em alguns casos, a empresa chegou a emitir alertas de “atirador ativo” ou SOS, com base em autoridades locais, nacionais ou internacionais, para tornar as informações de emergência mais acessíveis durante a crise.