Um começo morno, mas uma evolução interessante, isso é Dying Light 2
Tecmundo
Zumbis... o eterno combustível da cultura pop para criar jogos, filmes e séries. Os mortos-vivos são a maior fonte da criatividade para muitos autores fazerem os mais diversos produtos, desde aqueles que se tornam um verdadeiro sucesso,até aqueles que nos dão esperança de algo incrível e no final, bem… no final se transformam em Dead Island.
O que importa é que sabemos que, às vezes, os games acertam com jogos de zumbis bem legais que realmente valem a pena, esse é o caso do primeiro Dying Light, um jogo de sobrevivência FPS em que uma epidemia misteriosa dizimou quase toda a população de uma cidade, as pessoas que sobraram sobrevivem procurando suprimentos e confeccionando armas para ajudar a derrotar as hordas de inimigos famintos por carne que a peste criou.
Até aqui, não parece nada de novo, certo? Entretanto, Dying Light até certo ponto cumpre o que Dead Island tinha prometido aos jogadores: uma gameplay mais livre, com muita coisa para fazer, um ambiente interessante para explorar e uma história que pode não ser primorosa, mas nos envolve o suficiente para querermos mergulhar na narrativa.
Agora, sete anos depois, Dying Light está ganhando uma sequência que quer evoluir ainda mais tudo o que ofereceu lá em 2015. Após alguns adiamentos por conta da, olha só que coincidência: Pandemia causada por um vírus, finalmente Dying Light 2: Stay Human está entre nós, mas será que o game realmente expande tudo o que ofereceu no primeiro jogo? Bem, chega junto e vamos acompanhar nossa análise aqui no VOXEL.
Senta que lá vem história
Tudo começou em 2014 em uma cidade da Turquia chamada Harran, esse local seria sede de um grande evento esportivo mundial, mas por conta de uma epidemia viral as coisas saíram do controle. Esse vírus foi batizado de THV (The Harran Vírus) e depois dos acontecimentos do primeiro jogo, tudo parecia controlado, a humanidade vai lá e faz o que faz de melhor: zuou tudo.
Secretamente, uma galera resolveu que ao invés de apenas destruir o vírus que já estava controlado, eles deveriam estudá-lo e modificá-lo geneticamente para ver se ele poderia servir para algum fim militar, adivinha o que aconteceu? A coisa desandou, o vírus escapou e dessa vez mutado com uma capacidade de transmissão muito acima do que a que acontece em Harran, o resultado de tudo foi a quase aniquilação completa do planeta, dando início a uma “Idade das Trevas” moderna. Em Dying Light 2 não é só uma cidade que está infectada, mas o mundo inteiro.
Quinze anos se passaram depois dos acontecimentos de Harran e agora um dos últimos bastiões da humanidade é um local chamado “A Cidade”.
O jogador contra Aiden Caldwell, que é o que as pessoas chamam de “Peregrino”, um humano que vive fora dos muros da cidade. Caldwell tem constantes pesadelos sobre seu passado, quando era cobaia de um experimento realizado por um cara chamado Walts. Seu principal objetivo é entender o que estava sendo feito com ele durante esses experimentos e principalmente encontrar sua irmã Mia que também era uma vítima do maluco.
A evolução de Dying Light
Nos primeiros instantes do jogo nos perguntamos, “o que esse jogo tem de tão diferente do primeiro?”. A resposta: No começo, nada. Quem gostou do primeiro jogo vai se identificar instantaneamente com o início do segundo, muito parkour, foco em armas corpo-a-corpo, descer a porrada em zumbis e etc.
Iniciamos a aventura em uma região chamada Nova Villador, um local dividido em quatro distritos e somos apresentados às duas facções principais do game que vão dividir nossa atenção durante toda a história:
Os Pacificadores e os Sobreviventes, esses dois grupos competem pelos recursos de Nova Villador, obrigando o jogador a decidir qual deveremos ajudar e isso nos leva a uma das principais características que diferem os dois jogos da franquia.
Pacificadores
Dying Light 2 foca muito mais na narrativa do que no primeiro game, as decisões que tomamos vão influenciar tanto nas interações com os NPCs, nos itens que teremos acesso e até mesmo no mapa. Ao dominar um território e oferecê-lo aos Pacificadores, eles vão instalar mais armadilhas e vão espalhar armas para ajudar o protagonista nos combates
Ao entregar um território aos Sobreviventes, eles vão instalar tirolesas, camas elásticas e outras coisas para ajudar na movimentação de Aiden pelo mapa. Cabe totalmente a você decidir o que quer para aquela região. Quanto mais regiões uma facção tiver, mais equipada para aquele estilo ela vai estar.
Esse foco na narrativa é o resultado de adicionar Chris Avellonepara ajudar a escrever a história do jogo. Para quem não conhece Avallone, ele trabalhou em jogos como Fallout: New Vegase Divinity: Original Sin II, por isso Dying Light 2 apresenta um tom mais sério quando comparado ao primeiro.
Chris Avellone durante a E3
Contudo, a Techland, desenvolvedora do jogo, acabou por afastá-lo após uma denúncia de má conduta sexual que ele nega veementemente, mas isso não é o foco aqui. O que está em questão é que percebe-se que o jogo tem um toque dele e para dar mais autenticidade ao game, os desenvolvedores tomaram como inspiração questões do mundo real como ideologias políticas.
Diferente de como é no primeiro Dying Light, os zumbis aqui nem são mais o centro das atenções, não é simplesmente um FPS de matar mortos-vivos, seus inimigos humanos são tão perigosos, ou às vezes até mais do que os comedores de carne, dando um toque meio de “The Walking Dead” na trama. Isso também faz com que outros personagens tenham histórias mais interessantes e ofereçam missões opcionais bem mais profundas do que “Mate o zumbi tal” ou “mate uma quantidade X de zumbis”.
Existem missões secundárias com um alto nível de inspiração, que realmente adicionam uma experiência que vale a pena no jogo e não só fazer por fazer para passar de nível ou adicionar mais horas à jogatina.
Algumas missões secundárias e atividades extras realmente tem impacto
As missões principais também estão mais bem trabalhadas e você realmente pode chegar a ficar em uma dúvida real sobre qual dos grupos ajudar pois existem personagens interessantes nos dois que Aiden cria um vínculo e ser chamado de traidor, seja por qualquer um deles te dá aquela sensação de tristeza, como se você tivesse feito mal para uma pessoa de verdade.
Esse é um dos pontos nos quais Dying Light se torna uma verdadeira evolução entre os “simuladores de zumbis”, nele você realmente sente suas decisões terem um peso, como se fosse um RPG.
Um início lento
Agora, falando sobre uma semelhança com o primeiro jogo, Dying Light 2 também tem um começo um tanto lento, demora um pouco para você realmente sentir toda a liberdade que o jogo diz ter. Apesar de você ter uma boa gama de missões e exploração em Nova Villedor, só a partir do momento que você parte para a área maior, chamada de Central Loop, que você realmente percebe o que o jogo tem a oferecer.
As missões que temos no início não são muito diferentes do que vemos por aí, tem até aquela típica missão de subir em um lugar para liberar o mapa. Aqui no caso são moinhos, eles revelam alguns pontos especiais no mapa quando são “conquistados”.
Além disso, existem diversas missões secundárias, sem tanta expressão, mas que divertem. Sem contar os encontros especiais, que são objetivos rápidos identificados por um ícone azul na bússola do jogador. Esses encontros são tipo missões super rápidas, que vão desde dar um remédio para alguém ferido, eliminar um zumbi fujão ou derrotar um grupo de bandidos.
Existem atividades rápidas que aparecem aleatoriamente no mapa
Também temos alguns poucos pontos especiais com algumas missões mais interessantes, como lutar contra uns zumbizões para pegar inibidores ou invadir instalações da EGS. É sempre importante sair por aí ativando esconderijos pela cidade, caso você precise dormir para se recuperar, além de ficar seguro embaixo de maravilhosas luzes UV.
No início são poucas dessas missões mais legaizinhas, a verdade é que o game só dá aquela guinada quando chegamos ao final da primeira parte em Nova Villedor e entramos em Central Loop lá botamos as mãos em novas missões mais divertidas e em novas mecânicas que dão uma renovada na gameplay, como o paraglider e o gancho.
Um exemplo de missão que é melhor desenvolvida é a de ligar as centrais elétricas, diferente de só subir em um ponto alto e ativar um botão, aqui é preciso pensar e fazer o melhor caminho para conectar os geradores com os fios, se tornando bem mais interessante que simplesmente escalar.
Outra vantagem de chegar nessa parte da história é que você pode começar a usar a viagem rápida, que graças ao SSD dos consoles de nova geração e dos PCs também, óbvio, é realmente rápida mesmo!
O ciclo de noite e dia
Uma das coisas mais legais da franquia é o ciclo de noite e dia. Enquanto pela manhã vemos poucos zumbis nas ruas e tudo parece bem tranquilo e até mesmo fácil, a noite o bicho pega de verdade. É no escuro que os zumbis especiais aparecem, um deles é o Uivador, um tipo de monstro que ao ver o protagonista grita dando início a uma mecânica chamada “Perseguição”.
As perseguições nada mais são do que uma cacetada de zumbis cheiradassos correndo atrás do protagonista como se não houvesse amanhã, por isso é bom invocar o David Belle que existe em você e estar preparado para usar suas habilidades de Parkour. Quanto mais tempo a Perseguição se estende, mais uma barra de nível aumenta na parte de baixo da tela, nem preciso dizer que quanto maior o nível da perseguição, mais perigosa ela fica certo? Porém, um nível alto também garante um belo bônus de XP durante a peleja.
Durante a noite é que o bicho pega
A única forma de se desvencilhar de uma perseguição é chegar a algum lugar que tenha Luzes UV. Pode ser um ponto conquistado anteriormente ou a base de algum NPC.
Durante a noite também é o melhor momento para explorar os ambientes internos da cidade, principalmente os laboratórios da EGS, onde conseguimos encontrar bastante inibidores, itens de criação e armas mais interessantes. Mas porquê só a noite? O motivo é que de manhã os monstros usam esses lugares para se proteger da luz do sol, é durante a escuridão total que eles saem para as ruas e nos dão a oportunidade de lootear tudo que tem pela frente.
O ideal é ir naquele jeitão mais stealth, o game oferece várias mecânicas para isso, desde eliminações silenciosas de combate corpo-a-corpo, até armas de longa distância, como arcos e bestas. Às vezes, acontece de você pisar na bola e acordar todos os zumbis do local, então é bom dar um jeito de usar tudo o que tem pela frente, Molotovs, granadas, facas de arremesso, cano na cara, pazada na nuca e por aí vai.
Sistemas do jogo e equipamentos
Agora, vamos falar sobre os sistemas de criação e evolução do game. Em um mundo todo fodido, como é em Dying Light 2, precisamos aprender a fazer nossas próprias armas com que existe por aí. E materiais é o que não falta, vamos encontrar trapos, sucata, álcool, pedaços de pesos, plantas, penas, tudo que é tipo de bugiganga para transformar lixo em algo que preste.
Os mestres-artesãos é que vão te ajudar a construir equipamentos melhores
Para isso, vamos precisar aprender as receitas que podem ser adquiridas cumprindo missões ou compradas de mestres-artesãos. Essas receitas também têm níveis, quanto maior o nível delas maior será o efeito do produto criado. Por exemplo, uma molotov criada com uma receita de nível 1 vai ter dano e raio de dispersão menor do que uma molotov criada com uma receita no nível 5, sacou o raciocínio? É claro que para passar essas coisas de nível precisamos de materiais e dinheiro, o que nos faz ter que explorar pra caramba. Para o bem ou para o mal.
Também temos o próprio esquema de evolução de Aiden. Nosso destemido herói conta com duas árvores de habilidade, uma direcionada para o combate e outra para o parkour. Para ganharmos novas habilidades, precisamos ganhar experiência com aquela atividade específica, ou seja, arrebentar a cara de um zumbi com um cano, vai te garantir XP de combate, enquanto pular de um ponto a outro feito um doido, vai te garantir XP de Parkour.
Árvore de habilidades do Aiden
Entretanto, existem alguns requisitos para liberar habilidades mais avançadas e é para isso que vamos usar os tais inibidores que já citei anteriormente.
A cada três inibidores coletados podemos escolher entre aumentar a barra de vida ou a barra de vigor de Aiden em 20 pontos, além de aumentar sua resistência à infecção por mais tempo. Algumas habilidades só são liberadas após termos a quantidade exigida de vida ou vigor.
Falando um pouco de equipamentos, existem quatro classes de armaduras: arruaceiro, ranger, tanque e médico. Cada uma delas oferecem vantagens específicas, o arruaceiro é melhor para dano com armas corpo-a-corpo de uma mão, ranger para armas de longas distâncias, tanque garante mais vida e médico dá mais vantagens para itens de cura e fortificantes.
Os equipamentos contam com classes e raridades diferentes, o que influência na eficácia
Além de, é claro, também temos aquele velho sistema de raridade dividido por cores que também influencia no quanto os itens são bons.
Chamando a galera
Dying Light 2 conta com um co-op para até quatro jogadores que podem apenas sair por aí de prédio em prédio tacando o terror nos zumbis e inimigos, ou também podem seguir a campanha normalmente. Entretanto, existe uma questão para aqueles que querem seguir a história juntos. Apenas um jogador poderá ser o host, ou seja, é no mundo dele que as missões de progressão de história serão feitas.
Assim que um jogador visitante for para seu próprio mundo, vai precisar progredir na história lá também. Os loots são compartilhados, o que quer dizer que cada um tem o seu. Tipo, se um jogador abrir um baú que tem materiais e uma arma e ele pegar tudo, o outro jogador ainda poderá coletar esse material e essa arma do mesmo jeito. Salvo algumas exceções, como em missões de premiação. Se algum jogador não participar da missão, ele não receberá a premiação no final.
Bugs, muitos bugs… mas calma, tem conserto
Recebemos o jogo com bastante antecedência, cerca de duas semanas antes do lançamento oficial, quando isso acontece é esperado vermos certos bugs, que costumamos relevar, mas isso só quando não nos traz problemas significativos. Desde que recebemos o game Dying Light 2 já teve duas grandes atualizações e terá uma terceira no Day One.
Essas atualizações foram muito bem-vindas, já que se fosse lançado do jeito que chegou teríamos problemas, e não seriam poucos. Eu costumo sempre jogar no modo de desempenho, pois principalmente para jogos em primeira pessoa frenéticos, quero ter 60 fps cravados.
Antes da primeira atualização a quantidade de frame drops era bem alta. Só de entrar na base o fps já caia, e não era uma quedinha imperceptível não, era algo muito óbvio, mesmo para olhos destreinados. Isso atrapalhava? Sim, atrapalhava e era bem chato. Mas existia coisa pior:
Em alguns diálogos, estávamos falando com alguém e do nada suas vozes paravam e as legendas bugavam aparecendo apenas por milésimos de segundo, nos impedindo de entender qualquer coisa que estava acontecendo. E isso não era raro e não dava trégua nem em missões importantes da história, o que nos fez perder partes importantes dos acontecimentos da campanha.
Momento em que fui ameaçado por uma besta possuída pelo caramunhão
Sem contar posicionamentos de câmera totalmente aleatórios durante as conversas, em alguns momentos nem dava pra olhar para o NPC que estava conversando com a gente. Teve até um momento quando eu simplesmente fui ameaçado por uma besta fantasma que ficava voando
A primeira atualização arrumou o frame drop. Mas o problema com a voz e a legenda continuava, aparentemente era um problema com o patch de alguns idiomas. Joguei em inglês para poder entender o que eu tinha perdido na campanha.
A segunda atualização já resolveu as coisas. Nunca mais tive problemas desse tipo e pude finalmente voltar a jogar em português. Que por sinal conta com uma dublagem muito boa, quando não buga. O patch de Day One deve arrumar outros pequenos bugs menos importantes que realmente são mais de boa. Mas o ideal é sempre deixar o jogo lisinho pra galera poder aproveitar.
Vale a pena?
Dying Light pega as melhores coisas do primeiro jogo e expande com uma história mais robusta e uma maior atenção aos NPCs, que agora realmente contam com diálogos mais interessantes e nos dão mais vontade de fazer uma missão secundária.
A parte de Nova Villedor, que dura algumas horas, é um pouco mais lenta, jogadores acostumados com mais ação e intensidade nas missões vão achar meio monótono. O jogo engrena mesmo quando chegamos a Central Loop e temos acesso a mais coisas, o paraglider e o gancho dão mais dinâmica à exploração.
Decidir para quem vai o que é uma das decisões difíceis que o protagonista tem que tomar
O sistema de Alinhamento da cidade, aquele que você atribui uma instalação dando o controle da região para uma das facções, é muito legal, principalmente mais para o meio do jogo quando as escolhas podem realmente mudar o mapa.
Os NPCs estão bem mais profundos e interessantes, mesmo na primeira parte do jogo, que é mais chatinha, eles oferecem um contexto divertido de explorar e te colocam em umas sinucas de bico complicadas, as vezes obrigando o jogador a decidir entre a vida de um ou de muitos.
Além disso, diferente do primeiro game, aqui sair a noite é bem mais recompensador e divertido, existem locais que para você explorar com mais liberdade é preciso ir a noite e assim lootear. Mas, apesar de divertido, existe um ponto de atenção, quando temos um espaço enorme para explorar pode ter algumas desvantagens: os ambientes internos se repetem bastante.
Por muitas vezes pensei que eu daria uma nota relativamente baixa para o game, primeiro por conta de não ter visto tanta evolução em comparação com o primeiro game, segundo por conta da quantidade de bugs que realmente atrapalham muito a experiência e terceiro por estar esperando mais do jogo, já que eu gostei bastante de Dying Light 1.
Contudo, fui pego de surpresa. Primeiro pelo salto (perdão pelo trocadilho) de qualidade de gameplay que o game passa quando chegamos ao mapa geral em Central Loop. Segundo: aparentemente os devs trabalharam rápido para resolver os problemas com não uma mas duas atualizações e uma terceira que vai chegar no lançamento, que espero que resolva o resto. E terceiro: da metade do jogo para frente são muito mais óbvias as melhorias que foram implementadas nesse segundo capítulo de Dying Light.
Usar as novas ferramentas quando chegamos à Central Loop realmente muda a gameplay
Por isso, ao começar o jogo e achar que está tudo muito mais do mesmo, continue, dê mais uma chance, não só para esse mais para outro títulos, vai que uma hora ele engrena, não é? A nota que eu teria dado se o jogo fosse só o que a primeira parte mostrou além dos bugs terríveis provavelmente seria algo entre 60 e 65. Ele realmente engrena, a história tem um belo UP e a gameplay melhora. Sendo assim, fiquei feliz de agora a nota ter evoluído a nota assim como o jogo evolui depois de um começo mais ou menos, a nota final é 80.