Como e quando ligar o carro depois de uma enchente?
33giga
Os conjuntos do carro possuem vedação e proteção contra água devido às chuvas, mas a situação crítica originada por uma enchente pode trazer sérios problemas ao veículo. Quanto maior for a exposição à água e o tempo de contaminação, piores serão as complicações para o automóvel.
Por isso, o 33Giga e a Motul, especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, enfatizam que o motorista deve buscar locais altos e seguros para o veículo durante uma enchente. A ideia é conseguir abrigo para si próprio e evitar que os sistemas do carro sejam contaminados.
Após o incidente, o automóvel tem que ser levado o quanto antes a uma oficina mecânica de confiança para que as devidas verificações e troca de fluidos sejam realizadas.
“Mesmo que, visualmente, o carro não aparente ter sofrido avaria, o motorista não deve jamais tentar ligar o veículo”, ressalta Caio Freitas, engenheiro de Aplicação da Motul Brasil. “Ocorrências como essa costumam contaminar, inclusive, fluidos e lubrificantes, o que, durante a tentativa de funcionamento ou circulação por certo período com água no sistema, pode acarretar em danos maiores.
Medidas necessárias pós-enchentes
Em caso de enchente, o veículo precisa, se possível, ser rebocado até uma oficina de confiança para execução dos procedimentos adequados e verificação detalhada do filtro de ar, cabos e velas.
O carro deve ser ligado somente depois de todas as averiguações feitas pelo mecânico.
“O descumprimento desta recomendação pode causar danos ao veículo, uma vez que há a possibilidade da água invadir alguns reservatórios e componentes, provocando falhas aos itens não verificados”, explica Freitas.
Um veículo que enfrentou uma enchente intensa pode apresentar, principalmente, oxidação e corrosão das peças, e contaminação dos fluidos, lubrificantes, partes estofadas e assoalho, além de danos mecânicos e eletroeletrônicos nos sistemas de injeção, multimídia, controle de estabilidade e ABS.
Troca obrigatória do óleo do motor
A contaminação dos fluidos com água gera perda significativa de propriedades e performance em cada sistema, contribuindo para o mau funcionamento das peças. É fundamental, portanto, fazer a troca completa não só do óleo do motor, como de todos os fluidos, desde o lubrificante de motor, passando pela transmissão, até os fluídos de freio e de arrefecimento.
Também é necessário substituir os filtros de ar, óleo e de combustível.
“A inexistência da mudança dos fluidos pode, em determinados casos, aumentar os danos mecânicos do veículo, ocasionar calço hidráulico em alguns sistemas e até oferecer risco de segurança aos passageiros”, alerta Freitas.