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Ciência pode explicar evento-chave da ressurreição de Jesus
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Ciência pode explicar evento-chave da ressurreição de Jesus

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Aventuras Na História
22/04/2025 20h10
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Para os cristãos ao redor do mundo, a Páscoa é um momento sagrado para lembrar e celebrar a morte e ressurreição de Jesus Cristo — o evento central da fé cristã. Segundo os evangelhos, Jesus foi crucificado, morreu e ressuscitou três dias depois. No coração desse relato está a cena em que seus seguidores vão ao túmulo e o encontram vazio, com a pesada pedra de entrada misteriosamente removida.

No entanto, algumas teorias alternativas tentam explicar esses acontecimentos de forma natural, sem recorrer ao sobrenatural. Uma das mais conhecidas é a "teoria do desmaio", que sugere que Jesus não morreu de fato na cruz, mas apenas perdeu a consciência e foi erroneamente declarado morto. Após ser levado ao túmulo, teria se recuperado e escapado, dando origem à crença na ressurreição.

Outras hipóteses tentam explicar a remoção da pedra do túmulo por causas naturais, como um terremoto. Essa ideia, por mais incomum que pareça, encontra apoio no próprio evangelho de Mateus, que menciona dois terremotos ocorridos durante a crucificação e a ressurreição de Jesus

Em entrevista ao Daily Mail, o professor Lawrence Mykytiuk, especialista da Universidade Purdue, afirma que é plausível que um tremor de terra tenha aberto o túmulo.

Essa teoria ganha ainda mais força com evidências geológicas. Pesquisadores do Centro Alemão de Pesquisa em Geofísica identificaram, em amostras do Mar Morto, vestígios de um terremoto menor ocorrido entre os anos 26 e 36 d.C. — o período estimado da execução de Jesus.

Controvérsia

Apesar dessas explicações alternativas, a teoria do desmaio enfrenta sérias críticas por parte da comunidade acadêmica. O geólogo Leonard Irwin Eisenberg e o pesquisador Douglas Keenan defendem em seus estudos que Jesus pode ter sobrevivido à crucificação graças a uma resposta fisiológica chamada "reflexo de mergulho", que reduz os batimentos cardíacos e o consumo de oxigênio em situações extremas, dando a impressão de morte.

Embora a ideia pareça inverossímil, há pelo menos um relato histórico de alguém que sobreviveu a uma crucificação. O historiador judeu Flávio Josefo escreveu que viu três amigos seus crucificados — dois morreram, mas um sobreviveu após receber cuidados médicos.

Mesmo assim, especialistas argumentam que a crucificação é uma das formas mais brutais e certeiras de execução. O professor Gary Habermas, da Liberty University, destaca ao Mail que a morte por crucificação se dá, em geral, por asfixia — quando o peso do corpo dificulta a respiração até torná-la impossível. 

O médico Thomas McGovern, cirurgião em Indiana, afirma ao jornal que outras causas fatais, como arritmia cardíaca e choque hipovolêmico por perda de sangue, também são prováveis.

Além disso, os relatos bíblicos indicam que Jesus foi perfurado por uma lança após a crucificação, o que teria garantido sua morte. O líquido que jorrou — uma mistura de sangue e "água" — pode ser explicado cientificamente como fluido acumulado ao redor do coração e dos pulmões, consequência comum de traumas graves.

Mesmo que tivesse sobrevivido à crucificação, muitos estudiosos apontam que seria improvável que Jesus conseguisse escapar do túmulo ou convencer seus seguidores de que havia ressuscitado. 

Ao Mail, o teólogo Michale Licona observa que um homem tão severamente ferido, faminto e desidratado, dificilmente teria aparência ou força para inspirar os discípulos a proclamá-lo como o Senhor ressuscitado.

Apesar das especulações e teorias alternativas, a maioria dos especialistas concorda que a morte de Jesus foi um evento real, violento e, sob todos os critérios históricos e médicos disponíveis, praticamente impossível de ser confundido com um simples desmaio.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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