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Confira a aproximação facial do Homem de Porsmose, assassinado há 5500 anos
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Confira a aproximação facial do Homem de Porsmose, assassinado há 5500 anos

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Aventuras Na História
17/01/2025 15h23
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16442474/original/open-uri20250117-18-1ryjwjs?1737131599
©Wikimedia Commons/Lennart Larsen/Bullenwächter
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O designer 3D Cícero Moraes liderou um novo trabalho de aproximação facial do crânio de um homem que viveu há 5500 anos. Os restos mortais do Homem de Porsmose, que tinha entre 35 e 40 anos de idade quando morreu, foram encontrados em agosto de 1946 por um trabalhador que realizava corte de turfa em Porsmose, Dinamarca.

Nos ossos do homem, que tinha 1,66 m de altura e pertencia à etnia nórdica, foram encontradas duas pontas de flecha. Uma delas, com 106 mm, atravessava a narina direita e o palato enquanto que a outra, de 127 mm, teria atingido o esterno, causando ferimentos fatais. Estudos dataram sua morte em cerca de 3500 a.C., associando-o à cultura neolítica Funnelbeaker.

Metodologia

Utilizando softwares livres como Blender, GIMP, e Inkscape, os pesquisadores modelaram o crânio e outras estruturas anatômicas a partir de fotografias disponíveis sob licença Creative Commons. Além disso, um crânio digital foi deformado para coincidir com o modelo original. Em seguida, dentes ausentes foram adicionados, e a escala foi ajustada com base na dimensão conhecida da flecha.

Para ajustar o esterno e avaliar o impacto da flecha, foi utilizado o modelo tomográfico de outro doador virtual. A reconstrução indicou que a flecha atingiu a veia braquiocefálica esquerda, o arco da aorta e a artéria pulmonar direita.

De acordo com o estudo, a posição dos globos oculares, nariz, boca e orelhas foi projetada com base em dados de tomografias de indivíduos contemporâneos, enquanto que a espessura dos tecidos moles foi definida a partir dos dados de um europeu genérico na faixa etária de 30 a 39 anos. Técnicas de deformação anatômica ajustaram um modelo genérico ao crânio reconstruído, permitindo criar uma face aproximada.

Aproximação facial do Homem de Porsmose / Crédito: Divulgação/Cícero Moraes

Resultados

O busto final foi criado com base em todas as projeções anatômicas e complementado por elementos especulativos, como cabelos, barba e cor dos olhos. A imagem final foi aprimorada por inteligência artificial para detalhes mais nítidos, seguida de ajustes no GIMP para correções estruturais.

As renderizações incluíram uma vista frontal neutra do rosto, ilustrações das flechas posicionadas e ainda imagens detalhando os danos internos causados no sistema circulatório pelo ferimento no esterno.

+ Confira aqui o estudo completo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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