Da Terra à Estação Espacial: a vez em que o Japão planejou construir um elevador espacial
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Aventuras Na História
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Em 2018, a Obayashi Corporation, uma das mais importantes empresas de construção do Japão, anunciou seu maior e mais excêntrico projeto, que se propunha a criar um elevador espacial que partisse da superfície da Terra com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A proeza de engenharia faria a trajetória de 408 quilômetros de distância que separam nosso planeta do satélite artificial a uma velocidade de 200 quilômetros por hora, o que permitiria a realização do percurso em apenas 8 dias.
O contêiner de metal, por sua vez, teria capacidade para 30 pessoas, ou o equivalente a 100 toneladas. A fim de aguentar a força dos ventos espaciais e da própria gravidade, seu cabo seria feito de nanotubo de carbono, um material que surpreende por sua resistência, sendo 20 vezes mais forte que o aço.
A Obayashi, vale mencionar, trabalhava em conjunto com um grupo de pesquisadores Faculdade de Engenharia da Universidade Shizuoka, de acordo com informações divulgadas pelo Phys.org na época.
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Sonhando alto
Naquela fase inicial da proposta futurista, seus responsáveis soavam otimistas a respeito das chances do meio de transporte se tornar realidade, com sua construção estando prevista para ser iniciada em 2025 e finalizada até 2050.
O diretor da equipe de pesquisa que estudava a possibilidade, por exemplo, Yoji Ishikawa, disse que o conceito teórico de um elevador espacial seria "altamente plausível" e que "as viagens espaciais podem tornar-se algo popular no futuro", segundo repercutiu a BBC em 2018.
Em vídeo promocional a respeito do projeto, a empresa de construção japonesa fez ainda uma série de declarações impressionantes a respeito da iniciativa:
Quando comparado a um foguete, [o elevador espacial] será muito eficiente para carregar cargas e pessoas, e por isso é altamente esperado que ele seja um modo de transporte econômico e sustentável para o meio ambiente", diz o narrador da curiosa gravação.
Colocando o pé no chão
Em retrospecto, porém, parece que o otimismo da Obayashi não teria sido embasado na realidade de nossos conhecimentos de engenharia, uma vez que a proposta não foi mais trazida à tona após 2018.
Um dos grandes obstáculos para a construção de tal aparato, por exemplo, são os asteroides e meteoros que se movem através do espaço sideral — nanocabos, por mais fortes que sejam considerados aqui na Terra, não são páreos para a força de uma rocha se movendo em alta velocidade pelo Universo. Qualquer rompimento no cabo do hipotético elevador espacial, por sua vez, poderia levá-lo a se chocar contra o nosso planeta, provocando enorme destruição.
Na época, o próprio Elon Musk, bilionário e CEO da SpaceX que hoje conhecemos melhor por suas decisões questionáveis na administração do Twitter, teria encarado o ambicioso meio de transporte com ceticismo:
"Não acho que seja realista criar um elevador espacial. Seria mais fácil construir uma ponte de Los Angeles [nos EUA] a Tóquio [no Japão]", apontou ele em uma conferência no Instituto de Tecnologia de Massachusettz (MIT), uma prestigiada universidade privada norte-americana, também conforme repercutido pela BBC.
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