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Estudo descobre mamute-lanoso mais antigo da América do Norte
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Estudo descobre mamute-lanoso mais antigo da América do Norte

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Aventuras Na História
14/04/2025 13h45
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Recentemente, pesquisadores descobriram o que agora é classificado como o fóssil de mamute-lanoso mais antigo conhecido da América do Norte, em novo estudo genético. O dente, de 216 mil anos, foi encontrado ao longo do Rio Old Crow, no território de Yukon, no Canadá, e confirma que os mamutes-lanosos já estavam no continente americano pelo menos 100 mil anos antes do que se pensava.

Camilo Chacón-Duque , pesquisador do Centro de Paleogenética da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e principal autor do estudo, disse ao Live Science que a descoberta era incomum, pois, na maioria dos casos conhecidos, mamutes dessa época encontrados no continente eram de outras espécies.

Até onde sabemos, o mamute Old Crow é o fóssil de mamute norte-americano mais antigo que pode ser identificado morfologicamente com confiança como um mamute-lanoso", explica o pesquisador ao Live Science.

Para a descoberta, os pesquisadores extraíram DNA do mamute para um estudo sobre a genética dos mamutes, que revelou uma diversidade genética "há muito perdida" de diferentes linhagens de mamutes, ao longo de mais de um milhão de anos de sua história evolutiva. O DNA do mamute de Old Crow estava entre as amostras mais antigas analisadas, segundo comunicado da Universidade de Estocolmo.

Apesar disso, vale mencionar que esse não é o DNA de mamute mais antigo conhecido. Quem ocupa esse posto é um mamute encontrado na Rússia, com cerca de 1,3 milhão de anos. O novo estudo foi publicado na revista Molecular Biology and Evolution.

Segundo o Live Science, os ancestrais dos mamutes surgiram na África tropical, e eram intimamente relacionados inclusive aos elefantes atuais. Porém, esses animais começaram a migrar em direção ao norte há cerca de 3 milhões de anos, e se adaptaram à vida no frio, enquanto se espalhavam.

Para o estudo, que buscava entender mais sobre a evolução dos mamutes, foram analisadas 34 amostras de DNA, bem como dados de mais de 200 amostrar descritas em estudos anteriores. Foram extraídos e analisados os genomas mitocondriais das amostras, e essas amostras foram comparadas por datação de radiocarbono e de relógio molecular.

Na maioria dos casos, as amostras tinha menos de 50 mil anos — o limite para a datação por radiocarbono —, mas para analisar as amostras mais antigas, foi desenvolvida uma versão refinada e mais precisa da datação por relógio molecular. "Nós nos baseamos em metodologias anteriores e as ajustamos cuidadosamente para obter estimativas de idade mais confiáveis", disse Chacón-Duque.

Fóssil do mamute Old Crow / Crédito: Divulgação/Hans Wildschut

Migração dos mamutes

Conforme repercute o Live Science, os primeiros mamutes que chegaram na América do Norte são ainda mais antigos que os descritos no estudo. Os mamutes colombianos são descendentes dos mamutes da Eurásia, e atravessaram uma faixa de terra que ligava o atual leste da Rússia à América do Norte, há cerca de 1,5 milhão de anos.

Os mamutes-lanosos, por sua vez, surgiram no leste da Sibéria há cerca de "somente" 700 mil anos, e posteriormente se espalharam para a América do Norte da mesma forma que os colombianos. Até recentemente, uma teoria popular atestava que eles chegaram ao Alasca entre 120 mil e 10 mil anos atrás, mas a nova pesquisa mostra que isso pode ter acontecido ainda antes.

"Outros estudos usando inferências genéticas ou modelagem sugeriram a presença de mamutes há até 400.000 anos, mas Old Crow confirma com um espécime físico que os mamutes de fato tiveram uma presença mais longa no continente americano do que o esperado inicialmente, pelo menos maior que 200.000 anos", pontua Chacón-Duque ao Live Science.

Dessa forma, a nova descoberta ainda corrobora estudos anteriores, que apontam para a origem das principais linhagens de mamutes da antiga Sibéria. Os estudiosos também demonstraram na pesquisa que o clima influenciou a diversidade dos mamutes ao longo do tempo.

"Observamos que, durante os períodos quentes, a diversidade dos mamutes parece ser empurrada de volta para refúgios e depois se espalhar novamente durante os períodos frios, como os estágios iniciais dos períodos glaciais (ou seja, eras glaciais)", explica Chacón-Duque.

Por fim, vale ressaltar que a maioria dos mamutes se extinguiu no fim da última era glacial, com o aumento da temperatura global, há cerca de 10.500 anos. Porém, algumas populações isoladas ainda resistiram em ilhas no Alasca e na Sibéria por mais alguns milênios, e estima-se que os últimos mamutes foram extintos há cerca de 4.000 anos.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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