Mamutes e dodôs: a empresa que quer trazer de volta à vida animais extintos
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Aventuras Na História
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A Colossal Biosciences, uma empresa americana, visa um audacioso projeto científico que tem como objetivo a "de-extinção" de animais há muito desaparecidos, incluindo o mamute-lanoso, o lobo-da-tasmânia e a ave dodô.
Desde o início de suas operações, em 2021, a empresa alcançou um marco notável ao criar as primeiras células-tronco de elefante, que têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de tecido animal.
Gigante pré-histórico
Esta conquista representa um passo significativo para tornar possível a "recriação" do mamute-lanoso, um gigante pré-histórico que se extinguiu aproximadamente 4.000 anos atrás.
A tecnologia permite também estudar as semelhanças genéticas entre esses seres extintos e os elefantes-asiáticos contemporâneos, que atualmente enfrentam riscos de extinção, segundo dados da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
Ben Lamm, líder da Colossal Biosciences, compartilhou com a Sky News um otimismo contagiante sobre o projeto, afirmando ter "100% de confiança" na possibilidade de ressuscitar não apenas o mamute-lanoso mas também o lobo-da-tasmânia e a ave dodô.
O método envolve replicar os genes específicos que conferiam características únicas a esses animais através do DNA de espécies vivas relacionadas.
Um dos aspectos mais curiosos do projeto é a intenção de gestar filhotes de mamute em elefantes-asiáticos fêmeas. No entanto, este processo desafiador pode levar cerca de dois anos, dada a gestação prolongada desses animais, que dura cerca de 22 meses, informou Lamm. A expectativa é ver o nascimento de um mamute até 2028.
Obstáculos
O processo para trazer de volta o dodô envolve obstáculos distintos, especialmente no cultivo das células germinativas deste pássaro, que foi extinto no século XVII nas Ilhas Maurício, uma consequência direta da intervenção humana.
Já o lobo-da-tasmânia representa outro desafio por ser o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos, tendo sido declarado extinto em 1936 na Ilha da Tasmânia, Austrália.
Após alcançar sucesso na "recriação" desses animais, a próxima etapa envolverá reintroduzi-los em seus habitats naturais originais. No entanto, persistem dúvidas quanto à capacidade desses novos espécimes se adaptarem e comportarem-se como seus ancestrais. Especificamente no caso dos mamutes, questiona-se como eles aprenderão comportamentos típicos sem predecessores para ensiná-los.
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