Médicos holográficos atendem pacientes no interior dos EUA

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Pacientes com câncer no Tennessee e no Mississippi, nos Estados Unidos, estão sendo atendidos por médicos na forma de holograma, em vez de consultas por videoconferência.
A iniciativa partiu do West Cancer Center & Research Institute, que emprega 61 médicos e atende cerca de 19.240 novos pacientes por ano em 12 unidades no Tennessee, Mississippi e Arkansas.
Com sede em Germantown, subúrbio de Memphis, os médicos do instituto frequentemente passam horas na estrada a cada semana para atender pacientes em clínicas satélites em áreas mais remotas, além de dependerem de videoconferências para os acompanhamentos.
Agora, duas dessas unidades — Corinth, no Mississippi, e Paris, no Tennessee — substituíram as chamadas de vídeo por hologramas em tamanho real, conforme conta um comunicado do instituto.
Funcionamento
O sistema funciona a partir de um estúdio na clínica de Germantown, onde os médicos são transmitidos para caixas de LCD 4K instaladas nas salas de exame das unidades satélites. Um sistema de iluminação especial cria a ilusão de tridimensionalidade.
Você capta a linguagem corporal, os movimentos das mãos, as expressões faciais — o que, em uma consulta oncológica, é muito importante. Não há pixelização ou falhas na imagem do corpo. É realmente incrível", explicou a Dra. Sylvia Richey, diretora médica e oncologista do West Cancer Center, em entrevista ao Wall Street Journal.
Os pacientes, por sua vez, não são projetados como hologramas para os médicos. Em vez disso, eles se comunicam por meio de uma câmera. Segundo Richey, essa escolha foi feita de forma deliberada para garantir que a experiência mais realista seja vivida pelo paciente, e não pelo médico.
"Consigo enxergar bem o paciente, identificar uma erupção na pele, um caroço ou algum outro problema. Não posso sentir tudo, mas, muitas vezes, isso já é suficiente", afirmou.
O hardware e o software são fornecidos pela Proto Hologram, uma startup de Los Angeles especializada na criação de hologramas para eventos. O West Cancer Center investiu cerca de 70 mil dólares (cerca de 405 mil reais) na tecnologia, que inclui os dispositivos e o software de projeção.


