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No centro da Via Láctea, telescópio James Webb detecta ‘fonte da juventude’
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No centro da Via Láctea, telescópio James Webb detecta ‘fonte da juventude’

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Aventuras Na História
16/10/2023 17h59
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©Reprodução / NASA
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O Telescópio Espacial James Webb, da NASA, fez uma descoberta notável ao detectar o que está sendo apelidado de uma "fonte da juventude" nas proximidades do buraco negro supermassivo Sagitário A* (Sgr A*) localizado no centro de nossa galáxia.

Os resultados dessa descoberta foram documentados em um artigo publicado em 10 de outubro no renomado periódico The Astrophysical Journal. Esta região, denominada IRS13, foi identificada por uma equipe internacional de astrônomos e tem estrelas "filhotes" que são muito mais jovens do que se esperava encontrar em torno do buraco negro.

Essa estrutura já era conhecida há mais de 20 anos, mas só agora, com a combinação de dados coletados por diversos telescópios ao longo de várias décadas, foi possível aprofundar nossa compreensão sobre o objeto. Enquanto nosso próprio Sol tem cerca de 5 bilhões de anos, as estrelas no aglomerado do IRS13 são incrivelmente jovens, com apenas algumas centenas de milhares de anos.

Visão multicomprimento de onda da região do buraco negro supermassivo Sgr A* - Crédito: Florian Peißker / University of Cologne

 

De acordo com as teorias convencionais, essas estrelas não deveriam existir tão perto do buraco negro supermassivo, devido à intensa radiação de alta energia e às forças de maré exercidas pela Via Láctea. Por conta disso, a presença persistente dessas estrelas jovens, apelidadas de "fonte da juventude", é intrigante.

Outra descoberta

Além dessa descoberta, o Telescópio James Webb também detectou um espectro que estava livre de interferência atmosférica, revelando a presença de água congelada no centro da nossa galáxia. A água gelada é frequentemente encontrada nos discos empoeirados que circundam objetos estelares muito jovens, o que é mais uma evidência da juventude de algumas das estrelas próximas ao buraco negro.

Os pesquisadores sugerem que o aglomerado do IRS13 teve uma história de formação turbulenta. Eles acreditam que o aglomerado migrou em direção ao buraco negro supermassivo devido à fricção com o meio interestelar, colisões com outros aglomerados estelares e processos internos, segundo a Galileu.

Além do IRS13, há outro aglomerado de estrelas, o chamado S-cluster, que está ainda mais próximo do buraco negro e também é composto por estrelas jovens", disse Florian Peißker, líder da equipe e pesquisador do Instituto de Astrofísica da Universidade de Colônia, na Alemanha, em um comunicado. "Elas também são significativamente mais jovens do que seria possível de acordo com as teorias aceitas".

Michal Zajaček, coautor do estudo e cientista da Universidade Masaryk, na República Tcheca, considera que o aglomerado IRS13 é uma peça chave para desvendar a origem da densa população estelar que habita o centro da nossa galáxia.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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