Home
Tecnologia
Oumuamua: novo estudo promete decifrar mistérios do ‘objeto interestelar”
Tecnologia

Oumuamua: novo estudo promete decifrar mistérios do ‘objeto interestelar”

publisherLogo
Aventuras Na História
23/03/2023 20h10
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/15478184/original/open-uri20230323-18-1lm0bn0?1679602561
©Gemini Observatory
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Em 2017, o cometa Oumuamua passou perto da Terra e deixou cientistas perplexos por suas características incomuns. Por conta disso, muito se especulou que o Oumuamua poderia ser uma espaçonave alienígena. 

Afinal, cometas costumam acelerar quando se aproximam do sol porque, à medida que se aquecem, o gelo que fica em seu interior se transforma em vapor de água e o 'empurram' no espaço, como se fosse um propulsor — deixando uma espécie de cauda de poeira ou um halo brilhante. 

Mas o Oumuamua não tinha nenhuma dessas coisas e ainda continuava acelerando, recorda o The Guardian. Recentemente, porém, pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, apresentaram uma nova e mais simples explicação para o fenômeno. 

A explicação 

Desta forma, os pesquisadores sugeriram que o minusculo cometa estava expelindo uma camada de gás hidrogênio, no entanto, ela era tão fina que chegava a ser indetectável pelos telescópios. 

“Para um cometa com vários quilômetros de diâmetro, a liberação de gás seria de uma casca muito fina em relação ao volume do objeto, então, tanto em termos de composição quanto em termos de qualquer aceleração, você não esperaria necessariamente que fosse um efeito detectável”, explicou Jenny Bergner, principal autora do estudo publicado na Nature. 

Mas como Oumuamua era tão pequeno, pensamos que ele realmente produziu força suficiente para alimentar essa aceleração”, descreveu. 

Conforme explica o Daily Mail, os cometas são bolas de gelo, poeira e rochas que, normalmente, vêm do anel de material gelado chamado de Nuvem de Oort, que fica na borda externa do nosso sistema solar. 

Esses corpos celestes, ainda mais, se moveriam em direção ao interior do sistema solar devido à várias forças gravitacionais que os desalojam da Nuvem de Oort — se tornando mais visíveis conforme se aproximam do calor emitido pelo sol. 

Sendo assim, à medida que se aproximam, a camada de gelo derreteria e liberaria uma corrente de vapor d’água, poeira e outras moléculas expelidas de sua superfície pela radiação solar e plasma. 

Esse fenômeno ‘manifestaria’ uma cauda voltada para fora, dando aos cometas um impulso que alteraria ligeiramente sua forma em relação à órbita ao redor do sol. Também em torno de um cometa ficaria uma atmosfera fina e gasosa, cheia de mais gelo e poeira, que possui o nome de ‘coma’. 

O avistamento do Oumuamua

Em 19 de outubro de 2017, cientistas no estado norte-americano do Havaí avistaram um objeto estranho passando pela Terra, de formato pouco convencional. Ele estava se movendo a um velocidade de 156.428 quilômetros por hora — velocidade que os cientistas concluíram que não poderia ter sido produzida pela gravidade do sol. 

Objeto avistado em 2017 chamado de Oumuamua/ Crédito: Divulgação

 

Uma análise mais aprofundada mostrou que o Oumuamua tinha uma forma mais alongada, como se fosse um charuto que estaria caindo no espaço. Outras observações disseram que o corpo celeste não tinha ligações com o sol, portanto, era oriundo de fora do Sistema Solar. 

Por outro lado, ele tinha um padrão de aceleração de outros cometas já conhecidos, apesar de ser muito menor do que o convencional: com ‘apenas’ 115 metros de comprimento. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também