Ovelhas contribuem para a preservação das ruínas da cidade romana de Pompeia
Aventuras Na História
Nesta quinta-feira, 9, arqueólogos que trabalham na preservação das antigas ruínas da cidade romana de Pompeia, soterrada em 79 d.C. depois que o Monte Vesúvio entrou em erupção, informaram que as ovelhas auxiliam para a preservação da região. O trabalho dos especialistas no território italiano já dura cerca de 250 anos.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a descoberta originou-se da necessidade de uma equipe de pesquisadores de conter a erosão das ruínas de Pompeia e equilibrar as mudanças climáticas repentinas. Assim, eles implementaram um rebanho de 150 animais, que passaram a comer as plantas que cresciam nas paredes históricas.
Outros detalhes
Em entrevista para a agência Reuters, Gabriel Zuchtriegel, membro do Parque Arqueológico, explicou que "se grama e outras plantas crescem nas paredes e casas antigas, torna-se um problema".
Ele ainda acrescentou que, apesar das ovelhas não contribuírem efetivamente para a redução das emissões de carbono — digestão de ruminantes gera o metano, um dos gases que causa o efeito estufa —, elas colaboram para preservar a paisagem de maneira sustentável. Zuchtriegel finalizou:
Além de ser algo que dá uma ideia de como era Pompeia na época em que foi redescoberta. Formada por bosques, vinhedos e ovelhas, um ambiente essencialmente rural".
Pompeia
Conforme o portal UOL, Pompeia começou a ser habitada aproximadamente na Idade do Bronze (entre 3.000 e 1.200 a.C.) e ficava às margens do Mar Mediterrâneo. Anteriormente, sua população chegou a ser de 12 mil habitantes nas áreas urbanas e 24 mil na zona rural.
Depois da erupção vulcânica dizimar todas as pessoas que não conseguiram fugir da cidade no momento da destruição, um longo trabalho de buscas e estudos passou a ser feito na Itália. Em 1997, o local foi transformado em Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).