‘Rosto sorridente’ na superfície de Marte pode revelar vida passada no planeta, diz estudo
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Uma nova pesquisa publicada na revista Scientific Data sugere que o “rosto sorridente” detectado na superfície de Marte pode estar relacionado a vestígios de vida antiga no planeta.
Há cerca de três bilhões de anos, Marte abrigava grandes lagos e rios que evaporaram durante um congelamento global, possivelmente deixando micróbios resistentes nas poças secas.
O cientista Valentin Bickel, da Universidade de Berna, explicou em um comunicado publicado pelo jornal britânico The Sun que a perda do campo magnético de Marte levou à evaporação e congelamento da água, criando impressões minerais na superfície, semelhantes ao processo de secagem de piscinas de água salgada na Terra.
Depósitos de cloreto
Imagens infravermelhas captadas pelo satélite ExoMars Trace Gas Orbiter, da Agência Espacial Europeia, revelaram depósitos de sal desconhecidos, que aparecem em cor roxa nas imagens, repercurtiu o The Sun.
Esses depósitos, chamados de cloreto, não haviam sido identificados em pesquisas anteriores, e a descoberta pode impulsionar futuras missões em busca de sinais de vida em Marte.
“Águas muito salgadas poderiam ter se tornado um refúgio para a vida, um farol para lugares habitáveis em Marte. Altas concentrações de sal permitem que a água permaneça líquida em temperaturas tão baixas quanto 40 graus Celsius negativos", afirmou Bickel ao jornal britânico.
Além disso, o satélite mapeou a superfície do planeta em busca de áreas ricas em água, fornecendo o melhor inventário de gases atmosféricos de Marte até agora.