Semana Mundial do Espaço: Veja 5 curiosidades sobre o Universo
Aventuras Na História
Nesta quarta-feira, 4, começa a comemoração da Semana Mundial do Espaço, criada pelas Nações Unidas para que, durante sete dias, a humanidade tire um tempo para comemorar a "ciência e tecnologia e sua contribuição para a melhoria da condição humana".
A celebração se inicia, aliás, em uma data importantíssima na história da astronomia: neste dia, há 66 anos, era lançado o primeiro satélite terrestre já construído pelo homem, o Sputnik I, que foi feito pela Rússia.
A fim de celebrar esta semana especial, separamos abaixo cinco fatos curiosos a respeito do Universo, confira!
1. Visão do passado
A luz, mesmo sendo capaz de viajar 300 quilômetros por segundo no vácuo, acaba demorando muito para cruzar as imensas distâncias do espaço sideral. Assim, quando o brilho emitido por objetos a vários anos-luz de nós chega aos nossos olhos, corresponde à maneira como eles eram no passado, e não como são naquele momento.
A estrela mais próxima da Terra, por exemplo, que é a Alpha Centauri, fica a 4,4 anos-luz de nosso planeta. Assim, quando a contemplamos, estamos, na verdade, observando como era o astro há quatro anos.
No caso da Alpha Centauri, claro, provavelmente nenhuma mudança significativa ocorreu com ela nos últimos quatro anos. Quando estamos nos referindo a objetos cósmicos a milhões de anos-luz de distância, todavia, é possível que a aparência deles esteja completamente diferente daquela que chega até os cientistas hoje.
2. O buraco negro
Buracos negros são regiões do espaço-tempo em que, devido à concentração de uma grande quantidade de massa em um ponto diminuto, se forma um campo gravitacional tão poderoso que passa a consumir tudo ao seu redor.
Uma dessas singularidades, aliás, está no coração de nossa galáxia: é o Sagittarius A*, que possui uma massa equivalente a 4 milhões de sóis, sendo considerado supermassivo. Em 2022, ele foi fotografado pela primeira vez com Event Horizon Telescope (EHT).
O Sagittarius A*, no entanto, não é motivo para preocupação no futuro próximo: devido à sua enorme distância da Terra, ele ainda demorará bilhões de anos para engolir nosso planeta.
3. Estrela anterior ao Big Bang?
Conforme repercutido pelo portal National Geographic, a estrela HD 140283, também conhecida como Matusalém, é a mais antiga já descoberta pela ciência. Segundo teorizado por pesquisadores em um estudo de 2013, ela tem 14,5 bilhões de anos.
Vale destacar aqui, porém, que a idade do Universo é estimada em 13,7 bilhões de anos. Ambos os números, é claro, possuem uma certa margem de erro, mas mesmo levando isso em conta, a Matusalém parece ser anterior ao próprio Big Bang.
A informação fica menos enigmática quando se leva em conta que os cálculos a respeito da idade do Universo continuam sob debate na comunidade científica, com alguns especialistas defendendo que é 14 ou até 26 bilhões de anos.
Existem muitas, muitas medições que sugerem que a idade do Universo é de cerca de 14 mil milhões de anos. Não apenas a radiação cósmica de fundo em micro-ondas, não apenas a taxa de expansão medida através de supernovas, há também a estrutura em grande escala do Universo e a idade medida das estrelas mais antigas", explicou a professora Tamara Davis em entrevista ao IFL Science.
4. Expansão do Universo
Desde o Big Bang, a explosão que começou tudo, o espaço sideral está em expansão, com os objetos cósmicos se afastando cada vez mais entre si. Ainda em 1998, porém, descobrimos que essa expansão vem ganhando velocidade de forma progressiva, ou seja, passa por uma aceleração.
De acordo com a BBC, uma das teorias que os astrônomos postularam para explicar esse aceleramento é a da existência da chamada energia escura, cuja principal característica seria funcionar como uma espécie de "anti-gravidade".
Assim, enquanto a gravidade faz com que objetos cósmicos puxem outros para perto de si, aumentando de maneira diretamente proporcional à quantidade de massa deles, a energia escura os afastaria.
Nossos conhecimentos atuais a respeito dessa tal energia escura, no entanto, são extremamente limitados, ainda que supostamente ela forme nada menos que 73% do Universo.
5. Matéria escura
Continuando a linha de raciocínio do tópico anterior, outros 23% são matéria escura, conforme repercutiu o portal da UFRGS, o que significa que apenas 4% do Universo é formado por elementos conhecidos pela humanidade. Esse dado sem dúvida coloca em perspectiva o quanto ainda falta para a ciência atual desvendar a respeito do funcionamento da realidade.
Um detalhe importante é que a matéria escura não emite luz e nem energia, de forma que é invisível e, até onde sabemos, indetectável. As únicas evidências para sua existência repousam no fato que, sem ela, as teorias que possuíamos para explicar as galáxias como as conhecemos não fariam sentido.
O que sabemos é que se olharmos para uma galáxia típica, levarmos em conta toda a matéria que vemos (estrelas, gás, poeira) e usarmos as Leis da Gravidade e do Movimento de Newton (ou, mais corretamente, a Relatividade Geral de Einstein), para tentar descrever os movimentos desse material, então obteremos a resposta errada. Os objetos nas galáxias (quase todas elas) estão se movendo muito rápido. Não deveria haver gravidade suficiente para impedi-los de voar para fora da galáxia em que estão", afirmou o astrônomo Glenn Starkman ao portal Space.com.
Toda a matéria que os cientistas não conseguem capturar em seus telescópios, mas que precisaria estar presente para os cálculos fecharem, entra na categoria de matéria escura.