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Sonda da NASA faz registro mais próximo ao Sol de todos os tempos
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Sonda da NASA faz registro mais próximo ao Sol de todos os tempos

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Aventuras Na História
15/07/2025 11h54
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A agência espacial dos Estados Unidos, a NASA, entrou para a história mais uma vez ao obter as imagens mais próximas do Sol já registradas pela humanidade. Em um feito impressionante que se deu no fim de 2024, que só foi divulgado recentemente, a sonda Solar Parker registrou a superfície de nossa estrela-mãe a "apenas" 6,1 milhões de quilômetros de distância de sua superfície.

Conforme repercute a Revista Galileu, as novas imagens foram realizadas com o instrumento Wide-Field Imager for Solar Probe (WISPR), e são especialmente significativas por fornecer uma visão mais aprofundada do que de fato acontece na superfície do Sol e com o vento solar, logo após sua liberação da coroa.

Com isso, cientistas têm mais uma ferramenta para ajudar a desvendar mais mistérios sobre o vento solar. Vale destacar que isto é, na verdade, um fluxo de partículas subatômicas liberadas a uma velocidade de mais de 1,6 milhão de quilômetros por hora, que podem desintegrar atmosferas de planetas e, na Terra, até mesmo gerar auroras, sobrecarregar redes elétricas e afetar sistemas de comunicação.

Além disso, as imagens também chamam atenção por revelar, pela primeira vez em alta resolução, a colisão de ejeções de massa coronal (EMC), explosões de partículas carregadas que são fundamentais para todo o clima espacial.

Nessas imagens, vemos as EMC basicamente se acumulando umas sobre as outras", pontua o cientista Angelos Vourlidas, que opera a Solar Parker em Laurel, Maryland, nos Estados Unidos, em comunicado. "Estamos usando isso para descobrir como as EMC se fundem, o que pode ser importante para o clima espacial".

Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da Nasa em Washington, destaca ainda que esse evento recente é uma valiosa oportunidade para a humanidade testemunhar, com os próprios olhos, onde começam as ameaças climáticas espaciais à Terra, em contramão a representações com modelos científicos ou às ameaças de dentro do próprio planeta.

"Esses novos dados nos ajudarão a aprimorar significativamente nossas previsões climáticas espaciais para garantir a segurança de nossos astronautas e a proteção de nossa tecnologia aqui na Terra e em todo o sistema solar", afirma Fox no comunicado. Confira as imagens registradas no fim de 2024:

Aproximação do Sol

Lançada em agosto de 2018, a sonda Solar Parker iniciou sua maior aproximação do Sol no dia 24 de dezembro de 2024, quando as novas imagens foram capturadas, durante o periélio (momento do ano em que a Terra e o Sol têm a menor distância entre si). Na ocasião, a sonda deslizou pela coroa solar, e coletou dados com vários instrumentos científicos com os quais é equipada, incluindo o próprio WISPR.

Com os novos dados, os cientistas concluíram que o chamado vento solar rápido é, em parte, alimentado por curvas na superfície do Sol. Porém, agora, ainda se mostra necessária uma visão mais atenta para que cientistas entendam melhor o chamado vento solar lento, que viaja a 353 quilômetros por segundo (metade da velocidade do vento solar rápido).

Isso porque, compreendendo os dois tipos de vento solar, que quando interagem acabam criando condições favoráveis a tempestades solares moderadamente fortes na Terra, é possível entender melhor como os ventos solares podem afetar a Terra, bem como medidas de contenção e as origens deste fenômeno.

"Compreender esse fluxo contínuo de partículas, particularmente o lento vento solar, é um grande desafio, especialmente dada a diversidade das propriedades desses fluxos — mas com a sonda Solar Parker, estamos mais perto do que nunca de descobrir suas origens e como evoluem", destaca no comunicado o cientista Nour Rawafi, do projeto Parker Solar Probe.

Agora, estima-se que a próxima passagem da sonda próxima à coroa solar ocorra em 15 de setembro deste ano.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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