Tecnofeudalismo: entenda a teoria sobre a ascensão das big techs

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O renomado economista Yanis Varoufakis está lançando no Brasil o livro "Tecnofeudalismo", no qual ele aponta uma nova realidade econômica que substituiu o capitalismo e trouxe consigo desafios ainda maiores. Na obra, que será lançada em abril pela editora Planeta sob o selo Crítica, Varoufakis expõe a teoria do tecnofeudalismo e a crescente influência das big techs, como Google, Amazon, Meta e Microsoft, que controlam cada vez mais as atividades sociais.
De acordo com Varoufakis, o conceito de tecnofeudalismo surge para explicar o monopólio dos conglomerados digitais e a forma como operam de maneira semelhante aos antigos feudos medievais. As plataformas de comércio digital substituíram os mercados tradicionais, transformando os usuários em "servos" e os detentores do capital em "vassalos", onde a renda passa a ser o motor econômico em vez do lucro.
Varoufakis destaca a preocupante relação de subserviência que os usuários têm com as big techs, enfatizando como isso impacta não apenas a economia, mas também a política global, com destaque para a crescente rivalidade entre Estados Unidos e China. A obra faz um chamado à reflexão sobre a forma como as empresas tecnológicas influenciam diretamente em diversos aspectos da vida moderna, redefinindo as relações de poder e controle.
A ascensão das big techs durante a crise financeira de 2008 e, mais recentemente, no contexto da pandemia, impulsionou a concentração de poder dessas companhias e reforçou a dependência da sociedade em relação às plataformas digitais. O economista alerta para a falta de regulação efetiva diante desse cenário, apontando para os riscos de um modelo tecnofeudal que pode agravar questões como a colonização digital e a precarização do trabalho.
A concentração desmedida de poder nas mãos de poucas empresas, principalmente no setor tecnológico, tem levantado preocupações globais sobre as consequências desse novo modelo socioeconômico. Especialistas destacam a importância de uma regulação mais rigorosa no Brasil e em outros países para conter a influência das big techs, que não só dominam os mercados digitais, mas também moldam a dinâmica econômica e política em escala internacional.
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