Os restos do Titanic podem desaparecer?
Recreio
Não há quem desconheça a história do naufrágio do Titanic. Em 1912, o maior navio de passageiros do mundo chocou-se com um iceberg, que lhe rasgou o costado, e afundou, matando mais de 1.500 pessoas. A decisão incorreta foi além da desatenção da tripulação ou da crença de que nada poderia fazer o Titanic afundar. Anos em baixo d'água, uma dúvida intriga muitos curiosos: o que sobrou do grande navio pode desaparecer?
Após a tragédia, o navio está há mais de cem anos sob uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, um ambiente ótimo para o crescimento de algumas espécies marítimas. Tais como micróbios, que se alimentam do ferro presente na estrutura, enfraquecendo cada vez mais as partes que antes eram consistentes.
Diante dessa realidade, uma expedição recente confirmou que sim, existe a possibilidade da grande embarcação sumir do mapa para sempre. Três grandes fatores estão contribuindo para esse fenômeno: as fortes correntes oceânicas, a corrosão do sal do mar e as bactérias presentes nos destroços, que estão corroendo o metal da embarcação.
Robert Blyth, curador do National Maritime Museum, em Greenwich, na Inglaterra, explicou à BBC a importância de pesquisar o estado atual do famoso navio.
“O naufrágio em si é a única coisa que temos atualmente do desastre do Titanic. Todos os sobreviventes já morreram, então acho importante usar os destroços enquanto eles ainda têm algo a dizer”, afirmou Blyth.
A descoberta das bactérias no Titanic desencadeou uma série de pesquisas em relação a essas novas espécies corrosivas, e a partir da ação delas foi estabelecido que o navio pode desaparecer por completo até o ano de 2040.
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