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Ácidos da pele humana podem atrair mosquitos, mostra estudo
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Ácidos da pele humana podem atrair mosquitos, mostra estudo

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Tecmundo
23/10/2022 09h00
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Um novo estudo realizado por cientistas da Rockefeller University, em Nova York, aponta que a pele de algumas pessoas pode ser mais atraente para os mosquitos . Segundo os resultados, um subproduto ácido produzido por bactérias  da pele humana pode ser o culpado pela preferência das famosas 'muriçocas'.

Para realizar as análises, os pesquisadores reuniram um grupo de oito pessoas e pediram para todos usarem mangas de nylon durante seis horas. Após o período, os cientistas colocaram amostras desse nylon em três caixas e, ao analisar diferentes combinações, eles descobriram qual das caixas atraíram mais mosquitos fêmeas do tipo Aedes aegypti, espécie que transmite dengue e zika.

Segundo a pesquisadora Maria Elena de Obaldia, a equipe de cientistas não categorizou todos os produtos químicos que os participantes usavam na pele. Contudo, ela acha improvável que a preferência dos mosquitos seja causada exclusivamente por fatores externos ou de curto prazo — provavelmente, são fatores genéticos que determinam a preferência.

“Acho que isso reflete [o fato] de que os mosquitos estão escolhendo quem picar com base em vários – potencialmente muitos – odores que emanam de nossa pele. Isso também reflete a redundância no sistema olfativo do mosquito: quando uma via receptora é interrompida, as moléculas relevantes ainda podem ser detectadas por uma via receptora diferente”, disse Obaldia.

Os cientistas repetiram as análises durante meses para garantir que os resultados são consistentes.Os cientistas repetiram as análises durante meses para garantir resultados consistentes.

Os resultados apontam que pessoas com altos níveis de ácidos carboxílicos na pele eram mais atraentes para os mosquitos — o material é um subproduto do sebo produzido na pele humana. Além disso, o uso de produtos na pele e a temperatura corporal também foram associados à preferência dos insetos.

Em outro momento, eles realizaram testes usando o nylon e mosquitos geneticamente modificados com redução da capacidade de detectar os ácidos. Contudo, mesmo assim, eles conseguiram diferenciar os tecidos das pessoas que produziam mais ácidos.

De qualquer forma, ainda não está totalmente claro o motivo da preferência dos mosquitos, mas a nova descoberta deve desencadear o desenvolvimento de criações na área, como insetos geneticamente modificados para não picar pessoas ou transmitir doenças.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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