Android vai forçar maioria dos apps a não acessar a sua galeria de fotos
Tecmundo
Aplicativos que pedem o acesso desnecessário à galeria de fotos e vídeos do seu aparelho Android estão com os dias contados. A Google atualizou a política de permissões de acesso a mídias na Google Play Store e, com isso, vai reforçar a privacidade dos usuários.
Segundo as novas regras, desenvolvedores de aplicativos disponíveis na plataforma terão que explicar para a empresa o porquê do "amplo acesso a arquivos de fotos e vídeos localizados no armazenamento".
Caso contrário, esses serviços serão direcionados a um seletor nativo do sistema para agir como intermediário, como o seletor de fotos do Android . Os responsáveis por apps que desejam a permissão receberam um aviso da Google para preencher um um formulário de declaração que explique a necessidade do acesso.
A Google anunciou o reforço dessa nova política durante o Google I/O 2024, em maio, e três meses depois começou na prática a contatar os desenvolvedores. O prazo inicial para envio do formulário termina em 31 de outubro deste ano.
Além de aumentar a privacidade do dono do aparelho, a ideia é reduzir a presença de apps fraudulentos que abusam das permissões do usuário — aceitas sem muita atenção por parte do público e que podem resultar no roubo de mídias e dados sensíveis.
O que isso muda na prática?
Aplicativos que não precisam ter acesso amplo e contínuo para fotos e vídeos terão que remover os parâmetros de permissão "READ_MEDIA_IMAGES" e "READ_MEDIA_VIDEO" do código. A alternativa é usar o seletor fornecido pelo próprio Android, que garante maior segurança ao usuário.
Serviços de edição de imagem ou redes sociais, por exemplo, possivelmente receberão sem problemas a autorização para seguir acessando a galeria do usuário. Jogos ou ferramentas sem relação com audiovisual, porém, podem esbarrar na nova política.
Em 22 de janeiro de 2025, termina o prazo expandido para que desenvolvedores que solicitaram mais tempo façam o envio do formulário preenchido. Após essa data, os aplicativos que não estiverem devidamente regulamentados podem deixar de receber atualizações ou até "estar sujeitos à remoção do Google Play".