Apple reduz previsão de vendas do Vision Pro em 2024 devido à baixa procura
Tecmundo
Após esgotar durante a pré-venda, o Apple Vision Pro aparentemente não atrai mais o interesse dos compradores nos Estados Unidos, levando a Apple a reduzir a previsão de vendas do gadget, conforme revelou o analista Ming-Chi Kuo nesta terça-feira (23). A mudança também pode afetar o lançamento da versão mais barata do headset .
Segundo o especialista, a Apple espera vender entre 400 mil e 450 mil unidades do óculos de realidade mista até o final de 2024, após a atualização mais recente em seu planejamento. Isso significa uma redução de quase 50% em relação à previsão inicial, que variava de 700 mil a 800 mil modelos comercializados este ano.
Ainda conforme Kuo, a queda nas vendas do óculos inteligente provavelmente afetará a estreia da variante de baixo custo, cuja disponibilidade, agora, deve acontecer somente depois de 2025, isso se a Apple não desistir da versão. A alteração nos planos também pode atrasar o lançamento do dispositivo em outros mercados .
Essa queda na demanda do Apple Vision Pro pode, ainda, impactar a indústria de dispositivos de realidade virtual e realidade aumentada de diferentes maneiras, como destaca o relatório. As telas de Micro OLED, por exemplo, devem ter a produção em massa atrasada, demorando a chegar em outros headsets.
Problemas enfrentados pelo Vision Pro
Quem também comentou sobre a baixa procura pelo óculos de realidade mista da Apple foi o analista da Bloomberg, Mark Gurman. De acordo com ele, as vendas “passaram de algumas unidades por dia para apenas algumas em uma semana”, na comparação com o período de lançamento.
Para Gurman, a queda no interesse estaria relacionada a uma série de fatores, incluindo a dificuldade de uso do gadget, que exige conexão com bateria e a navegação em uma interface complexa, além da falta de um “app matador” e conteúdos atraentes . O desconforto e a solidão durante o uso são outros problemas citados.
O analista menciona, também, o preço elevado do Apple Vision Pro como um grande problema para a sua popularização. A novidade estreou nos EUA custando a partir de US$ 3.500 , o equivalente a R$ 17.960 pela cotação atual, sem considerar impostos e taxas.