#AstroMiniBR: a Galáxia de Andrômeda vista no infravermelho!
Tecmundo
Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem as curiosidades astronômicas mais relevantes produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento de uma das ciências mais antigas do mundo, - a astronomia!
A Galáxia de Andrômeda (M31) é uma imponente e majestosa espiral localizada a aproximadamente 2,5 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Andrômeda. Com um diâmetro estimado de cerca de 220.000 anos-luz, essa nossa vizinha galáctica é uma das maiores e mais brilhantes galáxias do Grupo Local.
Ao observarmos a Galáxia de Andrômeda através de filtros infravermelhos, adentramos um mundo cósmico oculto aos nossos olhos no espectro visível . Os filtros infravermelhos revelam uma série de características fascinantes que não são prontamente visíveis em outras faixas do espectro eletromagnético.
Uma das mais notáveis características dessas observações é a presença de nuvens escuras de poeira interestelar, que normalmente obscurecem regiões de formação estelar ativa, mas que se tornam translúcidas sob a visão infravermelha. Essas nuvens são os berçários estelares da galáxia, onde o nascimento de novas estrelas ocorre de maneira espetacular.
Além disso, os filtros infravermelhos nos permitem penetrar as densas regiões centrais da galáxia, onde se esconde o buraco negro supermassivo e diversos aglomerados estelares que oferecem informações cruciais sobre a dinâmica e evolução do núcleo galáctico.
Nem só de estrelas e poeira são feitas as galáxias! Halos galácticos são vastas regiões periféricas que circundam as galáxias, compostos essencialmente por um gás tênue extremamente quente e matéria escura, sendo esta última a constituinte de maior parcela nessas estruturas, sendo fundamental para a estabilização e coesão dessas enormes ilhas gravitacionais.
Diversas observações detalhadas têm sido conduzidas através de diferentes técnicas para detectar os halos galácticos, como, por exemplo, o estudo de espectros de absorção, que permite aos astrônomos investigar a presença de gás em diferentes comprimentos de onda. Outra abordagem crucial envolve a utilização de simulações computacionais avançadas, que ajudam os astrônomos a modelar a formação e evolução dessas estruturas em escalas cosmológicas .
Nem só de belas espirais e elípticas vive o esplendor das galáxias! A Galáxia de Barnard, uma das vizinhas mais próximas da Via Láctea, há muito tempo tem fascinado astrônomos e entusiastas do espaço.
Localizada a cerca de 1 milhão de 600 mil anos-luz de distância na constelação de Sagitário, essa galáxia é um tesouro celestial que oferece insights valiosos sobre a formação e evolução das galáxias . Trata-se de uma galáxia anã irregular semelhante à Pequena Nuvem de Magalhães com cerca de 7.000 anos-luz de diâmetro.
Na imagem acima, as estrelas mais brilhantes em primeiro plano pertencem a nossa Via Láctea, com uma aparência pontiaguda. Atrás delas, a Galáxia de Barnard é vista cheia de jovens estrelas azuis e manchada com o revelador brilho rosado de hidrogênio das regiões de formação de estrelas nesta imagem composta de cores profundas.
Para compreender os mistérios do Universo, astrônomos empregam uma abordagem colaborativa e inovadora: a combinação de observações astronômicas de diversos telescópios.
Ao unir os dados coletados por diferentes instrumentos espalhados pelo globo terrestre e até mesmo no espaço, os pesquisadores conseguem obter resultados mais robustos e abrangentes, ampliando a quantidade de detalhes e fenômenos capazes de serem captados.
A cooperação entre observatórios também contribui para a validação e a verificação cruzada dos dados, fator essencial para a obtenção de resultados confiáveis . Através da análise comparativa, os astrônomos podem eliminar vieses e incertezas inerentes aos instrumentos individuais, garantindo que as descobertas e a descrição dos mecanismos que regem o Cosmos sejam consistentes.
Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais outras curiosidades astronômicas aqui no TecMundo!