#AstroMiniBR: a primeira evidência de um exoplaneta troiano!
Tecmundo
O TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem toda semana, as curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento da astronomia. Confira abaixo!
Quando nos deparamos com observações de objetos celestes no Cosmos, comumente vemos imagens resplandecentes, repletas de estruturas cheias de cor e luz. Surpreendentemente, a maioria dessas imagens espetaculares começam sua jornada como observações em preto e branco.
Isso se deve ao fato de que muitos instrumentos de observação astronômica capturam a luz em diferentes comprimentos de onda, não de forma colorida, como nossos olhos percebem, mas sim em tons de cinza.
Essas imagens monótonas, no entanto, são apenas o ponto de partida. Por meio de pós-processamento digital, cientistas e artistas combinam os dados de diferentes filtros e comprimentos de onda para criar imagens coloridas deslumbrantes , destacando nuances ocultas e permitindo uma compreensão mais profunda dos fenômenos cósmicos.
A colorização meticulosa não apenas transforma dados brutos no reflexo das obras de arte celestes, mas também revela informações cruciais sobre a composição química, a temperatura e as energias envolvidas nos processos físicos que os formam, possibilitando um estudo do universo de uma forma única.
À medida que exploramos o espaço para além do espectro visível e adaptamos as informações capturadas pelos instrumentos, abrimos uma janela para uma compreensão mais rica e completa da formação e evolução dos planetas, estrelas e galáxias, que nos conduz a descobertas inéditas e a uma expansão dos nossos horizontes científicos.
No mês de julho deste ano, astrônomos descobriram a primeira evidência de dois exoplanetas compartilhando a mesma órbita em torno de uma estrela . Esses dois “irmãos planetários” são chamados de planetas troianos, mundos que compartilham a mesma órbita em torno da mesma estrela.
A existência de tais pares celestes foi teorizada há pelo menos duas décadas, mas esta é a primeira evidência encontrada para favorecer essa hipótese. A descoberta de um possível planeta troiano co-orbital, como é chamado tecnicamente, foi graças à detecção de uma nuvem de poeira compartilhando a órbita do distante exoplaneta gigante PDS 70b, localizado a cerca de 400 anos-luz da Terra.
Este aglomerado de matéria possui cerca do dobro da massa da nossa Lua e poderia eventualmente se condensar em um planeta, resultando em dois mundos compartilhando a mesma órbita em torno de uma estrela.
Uma outra hipótese alternativamente, entretanto, sugere que a nuvem pode ser apenas os detritos do que já foi um planeta, que apontaria que que estes foram um par binário não agora, mas no passado, na órbita ao redor da jovem estrela PDS 70.
Em qualquer cenário, a descoberta é empolgante para a comunidade científica, pois possibilita comprovações fundamentais sobre os modelos teóricos de como os sistemas planetários se formam e evoluem.
O que é aquilo ali? É um pássaro? Um avião? Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, da sigla em inglês para Internacional Space Station) em 2010, viram um estranho objeto se aproximar pela primeira vez à distância, sendo apenas um ponto dificilmente distinguível contra a luz de fundo.
Logo a imagem foi aumentando até se tornar uma silhueta escura. Ao se aproximar ainda mais, a silhueta parecia ser uma nave espacial: o objeto revelou ser o Ônibus Espacial Endeavour, o quinto e último ônibus espacial construído pela NASA, feito para substituir o seu predecessor, o Challenger.
O Endeavour logo atracou com a ISS em órbita da Terra . Na belíssima imagem acima, o Endeavour foi fotografado perto do horizonte da Terra à medida que se aproximava, onde várias camadas da atmosfera da Terra eram visíveis. Diretamente atrás da nave está a mesosfera, que aparece em azul.
A camada atmosférica que aparece em branco é a estratosfera, enquanto a camada laranja é a troposfera da Terra. Juntas, essas finas camadas de ar nos sustentam de várias maneiras, incluindo o fornecimento de oxigênio para a respiração e uma barreira para as nocivas radiações oriundas do espaço.