#AstroMiniBR: a Terra vista a mais de um bilhão de quilômetros!
Tecmundo
Semanalmente o TecMundo e o #AstroMiniBR, perfil do Twitter que reúne astrônomos e divulgadores de astronomia, reúnem as curiosidades interessantes do nosso universo para compartilhar com você. Confira os destaques desta semana abaixo!
A icônica imagem que você vê abaixo pode ser considerada como uma releitura atualizada da famosa imagem Pálido Ponto Azul. O belíssimo registro foi capturado em julho de 2013 pela Cassini, uma sonda espacial desenvolvida pela NASA e lançada ao espaço em 1997 com o objetivo de estudar Saturno e suas luas .
A imagem transcende o campo da mera astrofotografia para nos lembrar da frágil e única esfera que chamamos de lar.
Tirada a uma distância impressionante de 1,44 bilhões de quilômetros, essa imagem singular nos mostra a Terra como um pequeno ponto de luz azul profundo , suspenso no vácuo escuro do espaço e observado abaixo dos majestosos anéis de Saturno. Vários aspectos técnicos tornaram essa captura possível.
A distância colossal da Terra à sonda naquele momento exigia um planejamento meticuloso para ajustar as configurações das câmeras a bordo da sonda, como a exposição e a sensibilidade à luz, a fim de capturar com precisão o brilho azul tênue e distinto da Terra. Além disso, a Cassini teve que orientar-se cuidadosamente para evitar que a luz do Sol ou de Saturno prejudicasse a imagem.
Esse retrato íntimo do nosso planeta representa a expansão das fronteiras da ciência e da exploração espacial e é um convite para uma reflexão humilde, capaz de nos lembrar da interconexão de todos os seres vivos e da importância de preservar e proteger nosso único refúgio em meio ao vasto cosmos. Diante dessa visão impressionante, somos desafiados a refletir sobre nossa posição como habitantes de um mundo interconectado, estimulando o desejo de cuidar e preservar não apenas a Terra, mas também a rica tapeçaria de vida que ela sustenta.
A radiação cósmica de fundo é um dos fenômenos mais intrigantes e reveladores acerca do Universo que nos cerca. Trata-se de uma radiação eletromagnética que preenche todo o espaço e que foi emitida cerca de 380 mil anos após o Big Bang . Originada da matéria e energia primordiais, essa radiação é a mais antiga forma de luz que podemos detectar e estudar.
Com uma temperatura de apenas cerca de 2,7 graus acima do zero absoluto, essa radiação revela pistas cruciais sobre a formação, evolução e composição do universo. Por exemplo, sua análise detalhada tem fornecido informações sobre as características da expansão cósmica, da distribuição da matéria escura e da formação de grandes estruturas.
Por meio de avançados telescópios e instrumentos sensíveis , os cientistas mapearam a radiação cósmica de fundo com detalhes sem precedentes e descobriram que as pequenas variações na temperatura dessa radiação correspondem a regiões ligeiramente mais densas e menos densas no universo primordial, que eventualmente deram origem às galáxias e aglomerados de galáxias que vemos hoje.
A radiação cósmica de fundo é uma das janelas fundamentais para a infância do nosso Universo e oferece aos cientistas informações preciosas sobre os mistérios fundamentais da natureza, os permitindo desvendar a história do Cosmos desde suas origens até hoje.
Em cerca de 5 bilhões de anos, um dos eventos mais grandiosos do Universo ocorrerá com nossa ilha cósmica: a Via Láctea irá colidir com a nossa vizinha galáctica, a galáxia de Andrômeda.
A simulação acima apresenta o modelo teórico que prevê como será esse encontro cósmico: bilhões de anos de evolução galáctica de ambos sistemas culminarão em uma dança gravitacional que resultará na fusão dessas duas gigantes .
À medida que as duas galáxias se aproximam, as forças gravitacionais entram em ação de forma mais acentuada, distorcendo suas formas e lançando estrelas para órbitas inteiramente novas e também para fora da galáxia. Embora ambas galáxias contenham centenas de bilhões de estrelas, a probabilidade de colisões diretas entre estrelas é incrivelmente baixa, devido à vastidão do espaço intergaláctico. No entanto, as nuvens de gás e poeira interestelar entrarão em contato, levando a um frenesi de formação estelar enquanto essa matéria interage e se comprime.
À medida que as galáxias se entrelaçam ao longo de centenas de milhões de anos, elas eventualmente se fundirão para formar uma nova estrutura, trazendo à vida um novo sistema: uma galáxia elíptica gigante!