#AstroMiniBR: conheça o maior telescópio terrestre do mundo!
Tecmundo
Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: O movimento do Sol através da galáxia
Nada no Universo está absolutamente parado. Isso é válido desde as pequenas partículas e moléculas que compõem o nosso corpo até as estruturas de grandes escalas como grupos e aglomerados de galáxias.
Com o Sol e o Sistema Solar não é diferente: estamos orbitando em torno do centro da Via Láctea a uma velocidade média de 828.000 km/h! Você pode pensar (e com razão!) que essa é uma velocidade altíssima, mas mesmo assim, o Sol leva cerca de 230 milhões de anos para fazer completar uma volta ao redor da Via Láctea!
Esse período de tempo é chamado de ano galáctico ou ano cósmico. O ano galáctico fornece uma unidade conveniente e útil para representar os períodos cósmicos e geológicos juntos. Em contraste, uma escala de “bilhões de anos” não permite discriminação útil entre eventos geológicos, e uma escala de “milhões de anos” requer alguns números bastante grandes. Por essa razão, podemos representar eventos como, por exemplo, o nascimento do Sol, que ocorreu aproximadamente 20 anos galácticos atrás; o surgimento da vida na Terra, evento que ocorreu cerca de 17 anos galácticos atrás, e assim por diante!
#2: O Telescópio Extremamente Grande!
A era de grandes avanços no conhecimento astronômico está para dar mais um salto gigantesco! Com o advento dos supertelescópios abrindo seus olhos para o Universo, a exemplo do Telescópio Espacial James Webb (JWST) que trouxe à humanidade seus primeiros registros do Cosmos esta semana, o mundo da astronomia se prepara novamente para mais uma grande surpresa: o Extremely Large Telescope (ELT)!
O ELT será um telescópio terrestre sem precedentes que terá um espelho principal de 39 metros e será o maior telescópio de luz visível e infravermelha do mundo! Previsto para ficar pronto e operacional em 2027, além desse tamanho inigualável, o ELT será equipado com uma linha de instrumentos de ponta, projetados para cobrir uma ampla gama de possibilidades científicas. Assim como o JWST, é esperado que o ELT também traga diversas descobertas notáveis sobre o Universo e amplie nossa percepção do Cosmos.
O ELT está sendo construído no meio do deserto do Atacama, no Chile, localização privilegiada no mundo para observação astronômica. Quando concluído, o ELT será capaz de captar 100.000.000 de vezes mais luz que o olho humano, e estudará os maiores desafios científicos do nosso tempo como, por exemplo, a detecção planetas semelhantes à Terra em torno de outras estrelas nas zonas habitáveis onde a vida poderia existir; a investigação da natureza da matéria escura e da energia escura; o estudo de estrelas em nossa galáxia e além; buracos negros; evolução de galáxias distantes e diversos outros tópicos do Universo remoto.
#3: A Via Láctea sobre a Serra da Mantiqueira
O registro acima mostra a belíssima combinação da Via Láctea sobre a Serra da Mantiqueira, a cadeia montanhosa que se estende por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A fotografia, feita pela equipe do Céu Profundo, é um excelente exemplo de como a poluição luminosa afeta negativamente a contemplação e observação astronômica. Se você sair em uma noite clara em sua vizinhança, é provável que você possa ver a maior parte ou todo o famoso agrupamento do Cruzeiro do Sul e mais um punhado de estrelas ou planetas brilhantes. O que você provavelmente não verá é a Via Láctea.
À medida que a poluição luminosa aumenta, o brilho do céu de luzes não blindadas torna o céu noturno mais brilhante e obscurece a visão da Via Láctea e de objetos menos brilhantes no céu, dificultando a identificação e a observação de fenômenos e objetos celestes.
#4: A Lua tem mais crateras do que a Terra?
Você certamente já viu, se não através de um pequeno telescópio, em fotografias da superfície da Lua e de sua principal característica: inúmeras crateras de impacto, formadas ao longo de bilhões de anos da sua formação e evolução. Porém, você já se perguntou por que o mesmo não acontece com a Terra? Já que ela é maior que Lua, por que não tem tantas crateras?
A verdade é que, embora a Terra também possua crateras causadas pelo impacto de asteroides e meteoritos com a superfície, a atmosfera terrestre a protege da maioria dos corpos que entram nela. Além disso, a atividade geológica da Terra e também sua enorme massa oceânica e de vegetação atenua e muito a existência de crateras!
#5: A missão soviética Zond 5
A Zond 5 foi uma espaçonave soviética pertencente ao programa espacial programa Zond, que operou entre 1964 e 1970. No mês de setembro do ano de 1968, a Zond 5 tornou-se a segunda nave espacial a viajar e circular a Lua, e a primeira missão lunar da história a incluir animais e retornar com segurança à Terra.
A Zond 5 carregava como membros de sua tripulação duas tartarugas, ovos de moscas-das-frutas e algumas plantas. Uma das principais conclusões da missão foi que quase não ocorreram alterações biológicas nestes seres vivos devido à viagem espacial.