#AstroMiniBR: um novo olhar sobre a Nebulosa do Anel!
Tecmundo
O TecMundo e o #AstroMiniBR reuniram as três curiosidades astronômicas mais relevantes da semana, produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para compartilhar com você e disseminar o conhecimento da astronomia. Veja a baixo!
É bem possível que você já tenha visto o objeto celeste acima diversas vezes, mas nunca dessa forma! A Nebulosa do Anel, (catalogada como M57 ou NGC 6720), é uma estrutura fascinante de beleza única.
Situada na constelação de Lira, esta nebulosa planetária está a cerca de 2300 anos-luz da Terra e exibe uma estrutura anelar distintiva, resultado da ejeção de camadas exteriores de uma estrela moribunda semelhante ao Sol.
A imagem acima apresenta o resultado das observações recentes realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) e trazem um olhar inteiramente novo da Nebulosa do Anel. Com sua capacidade de observar no infravermelho próximo, o Webb penetrou as densas nuvens de poeira e gás que envolvem a nebulosa, revelando detalhes intricados de suas estruturas internas.
Essas novas observações permitiram aos cientistas mapear com maior precisão as diferentes camadas de gás ionizado e identificar regiões de alta densidade, fato que vêm contribuindo para um conhecimento mais profundo dos processos físicos e químicos associados. Essa imagem representa mais uma maneira de como o JWST tem expandido nossa percepção do Cosmos e aberto as janelas que só puderam trazer luz aos nossos olhos agora!
No dia 12 de agosto deste ano, o astrônomo amador Hideo Nishimura descobriu o cometa C/2023 P1 (Nishimura) quando ele passava a aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol.
A descoberta, feita usando uma lente especial acoplada a uma câmara fotográfica profissional, mostrou que, embora esteja a menos de 50 graus do Sol desde abril, devido ao seu modesto arco de observação de 15 dias, a trajetória de longo prazo do cometa é pouco restrita.
Os estudos preliminares do cometa indicam que ele orbita o Sol a cada cerca de 520 anos e sua órbita possui um diâmetro de aproximadamente 65 unidades astronômicas (1 UA = 150 milhões de km).
Os astrônomos esperam que, nos primeiros dias de setembro, o cometa se torne brilhante o suficiente para ser observado com binóculos, antes do nascer do sol. No dia 12 de setembro, o cometa passará a 0,84 UA da Terra, mas estará a apenas 15 graus do brilho do Sol. Apenas 5 dias depois, no dia 17, atingirá o seu periélio a 0,22 UA do Sol. Neste dia, o cometa ficará por breves instantes no céu, por cerca de 30 minutos após o pôr-do-Sol, logo acima do horizonte. Com sorte, neste momento será possível observá-lo a olho nu!
Em 1995, uma equipe internacional de físicos e astrônomos apresentou os primeiros resultados conclusivos de que que existem traços de água – em forma de vapor – no Sol, confirmando uma descoberta revolucionária para a astronomia.
A equipe usou um método inovador para calcular o espectro da água nas temperaturas das manchas solares, método que se provou útil também para modelagem de sistemas com abundância de moléculas de água extremamente quentes , como incêndios florestais.
Os autores do trabalho registraram evidências da presença de vapor de água em manchas solares escuras e compararam as observações com os espectros obtidos em laboratório. A presença de água nas manchas solares causa uma espécie de “efeito estufa estelar” que afeta a produção de energia nessas regiões e deixa seu vestígio no espectro infravermelho solar, caracterizado por uma série densa de linhas de absorção nítidas.
A descoberta representou um marco para a astronomia solar e auxiliou os astrônomos em uma melhor compreensão dos processos físicos que regem o astro-rei do nosso Sistema Solar.