#AstroMiniBR: um observatório astronômico em solo brasileiro!
Tecmundo
O TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem toda semana, as curiosidades astronômicas mais interessantes produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento da astronomia. Veja abaixo!
O que você está vendo nas imagens a seguir não são vestígios luminosos de uma chuva de meteoros; são rastros da passagem de satélites artificiais. Estes instrumentos revolucionaram a vida humana de uma forma sem precedentes na história, incluindo na astronomia, ao proporcionar uma perspectiva única do universo e o compartilhamento de dados com velocidade entre a comunidade científica.
No entanto, essa conquista tecnológica também trouxe desafios significativos para a observação astronômica e, ultimamente, estes têm aumentado cada vez mais. A crescente poluição luminosa que a passagem desses satélites produz no céu e a interferência eletromagnética de instrumentos que operam em frequências similares ao de uso astronômico impactam negativamente as observações terrestres.
A comunidade científica mundial tem se envolvido em uma busca contínua por soluções para mitigar esses efeitos adversos, como a cooperação internacional para o desenvolvimento de normas e regulamentações que garantam a preservação da qualidade do céu para observações astronômicas .
Esse é um problema que não afeta, contudo, a observação feita por missões espaciais, como por exemplo, os telescópios Hubble e o James Webb, que operam em órbitas relativamente distantes de outros satélites.
Não, a imagem que você está vendo abaixo não foi tirada em algum observatório remoto no Chile. Essa belíssima fotografia foi tirada no Brasil, no Observatório do Pico dos Dias (OPD), um renomado centro de pesquisa astronômica localizado nas montanhas de Minas Gerais.
Fundado em 1980, o OPD desfruta de uma localização privilegiada, situado a cerca de 1.860 metros acima do nível do mar, o que o coloca acima de muitos poluentes atmosféricos e permite uma observação estelar excepcionalmente nítida.
Equipado com uma variedade de telescópios avançados, incluindo o Telescópio Zeiss de 60 cm, o OPD desempenha um papel fundamental na pesquisa astronômica brasileira e internacional. É um observatório ativo também na área de divulgação científica, promovendo a educação pública e inspirando futuras gerações de astrônomos.
Com planos para expansão e modernização contínuos, o OPD está se preparando para desempenhar um papel ainda mais relevante na pesquisa astronômica mundial. A contínua implementação de instrumentos novos e sofisticados permitirá que os cientistas explorem o Sistema Solar e outros cantos do Universo de maneiras mais profundas e detalhadas.
Que a Lua não é feita de pão de queijo, todo mundo sabe, mas você sabia que ela se formou a partir da colisão com a Terra, bilhões de anos atrás? A teoria mais aceita atualmente para a formação da Lua é a da “grande colisão”: há pouco mais de 4 bilhões de anos, um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra primitiva e esse impacto foi tão violento que lançou detritos da Terra para o espaço, formando nosso satélite natural.
A Lua, inclusive, ocupa o quinto lugar entre as maiores luas do Sistema Solar, ficando atrás de duas luas de Júpiter, Ganímedes e Calisto e duas luas de Saturno, Titã e Reia. O que nós chamamos de face oculta da Lua é devido ao fato de que ela sempre nos mostra a mesma face, fenômeno oriundo de sua rotação síncrona com a Terra: a atração gravitacional terrestre, ao longo do tempo, gradualmente desacelerou a rotação lunar até que ela se alinhasse com seu período orbital.
Finalmente, um fato bastante conhecido pelo público geral é que a Lua exerce uma poderosa influência sobre a Terra, causando a movimentação das marés dos oceanos . A atração gravitacional da Lua provoca a formação de duas elevações de mar em lados opostos do planeta, uma voltada para a Lua e outra no lado oposto.
À medida que a Terra gira sob a Lua, as marés fluem e refluem, criando o ciclo de marés que experimentamos diariamente. Esse efeito não apenas moldou as paisagens costeiras, mas também desempenhou um papel importante na evolução da vida marinha ao longo da história da Terra.
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