#AstroMiniBR: Você sabe o que é poeira cósmica?
Tecmundo
Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem as curiosidades astronômicas mais relevantes produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas. Confira abaixo!
Quando pensamos no Universo, é comum pensar nas coisas de dimensões fantásticas: estrelas, nebulosas, galáxias... contudo, muito do que se faz em astronomia é também olhar para o muito pequeno.
Existe no Cosmos um véu que o permeia, formado por corpos tão pequenos quanto grãos de areia: a poeira cósmica, minúsculos grãos de partículas sólidas que flutuam no espaço interestelar.
Esses diminutos detritos são, na verdade, fragmentos de estruturas antigas, como estrelas e planetas despedaçados. Sua composição pode variar amplamente, desde pequenos silicatos e minerais a até compostos orgânicos complexos. Detectar a poeira cósmica é uma tarefa desafiadora, mas os astrônomos utilizam uma variedade de técnicas, como observações em diferentes faixas do espectro eletromagnético, para estudar esses grãos celestiais.
A importância da poeira cósmica na astronomia é imensa, uma vez que ela serve como uma espécie de arquivista cósmico , preservando pistas sobre a formação de estrelas, planetas e até mesmo a evolução química do universo. Além disso, a poeira cósmica desempenha um papel fundamental na formação de sistemas planetários e na absorção e dispersão da luz estelar, implicando diretamente na nossa capacidade de observar e entender o universo ao nosso redor.
Nos últimos dois meses, tivemos uma sequência de superluas, mas nenhuma foi tão amplamente divulgada quanto a do último dia 30. Isso se deveu pelo fato de seu nome chamativo: a Superlua Azul , um fenômeno celeste relativamente incomum que capturou a imaginação de observadores do céu em todo o mundo. Seu nome, entretanto, não faz jus ao fenômeno.
O termo “super” deve-se ao fato de que ela ocorre quando a Lua Cheia, em sua órbita ao redor da Terra, está mais próxima do nosso planeta do que a média, resultando em uma superfície mais brilhante e ligeiramente maior no céu noturno. Já o termo “azul” não se refere em nada à coloração da Lua, uma vez que seu brilho continua amarelo-esbranquiçado, mas sim ao fato de que é a segunda Superlua em um único mês, o que confere sua “raridade”, já que uma segunda Lua Cheia em um único mês é pouco comum, ocorrendo aproximadamente a cada 2,7 anos.
Quando esses dois eventos coincidem, os entusiastas da astronomia têm a oportunidade de testemunhar uma Superlua naturalmente bela, com o bônus do embalo causado pela ampla divulgação do evento nas mídias digitais e redes sociais.
Em maio deste ano, uma equipe internacional de astrônomos apresentaram resultados impressionantes para a comunidade científica: a possível detecção da molécula do triptofano no aglomerado de estrelas IC 348, localizado a cerca de mil anos-luz de distância da Terra.
O triptofano é um aminoácido fundamental para a formação de proteínas em organismos terrestres , sendo também o precursor da serotonina, neurotransmissor responsável por regulação do humor e sono em humanos.
Sua presença em um aglomerado estelar sugere que moléculas orgânicas complexas podem se formar em ambientes cósmicos variados, fato que expande as fronteiras da nossa compreensão sobre a química do universo. Além disso, a detecção de triptofano é de particular importância para a astrobiologia, uma vez que, na Terra, a presença dessa molécula está intrinsecamente ligada aos processos de funcionamento do metabolismo.
Esta descoberta, se confirmada, lançará nova luz sobre as complexas interações químicas que ocorrem no espaço e sobre o impacto que a detecção moléculas orgânicas complexas representa na busca pela vida além de nosso planeta.
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