BGS recusa usar nome social de influencer trans; entenda

A Brasil Game Show 2022, maior evento de games da América Latina, recebeu uma acusação bem grave de transfobia pela digital influencer Bryanna Nasck, que será obrigada a usar seu nome morto na feira, porque a organização afirma só aceitar denominações sociais caso haja processo legal de mudança de nome.

Para aqueles que não estão familiarizados, nome morto, ou deadnaming, se refere a utilização do nome de nascimento de uma pessoa trans ou não binária sem o seu consentimento.

Acabei de descobrir que no meu credenciamento da @BrasilGameShow irá constar meu nome morto, pois eles só aceitam nome social se tiver “algum processo de mudança de nome”.

Mais um no capítulo das transfóbias diárias de que precisamos enfrentar.

É vergonhoso BGS!

A BGS se pronunciou sobre o assunto, porém, a explicação não foi nada convincente e ainda desagradou muitos, com alguns lembrando que o nome social é um direito de todos.

[2/3] Não é necessário fazer mudança de nome, somente adicionar o nome social a um dos seus documentos. Esse processo é necessário pois se trata de um controle de acesso, similar a uma passagem de avião ou de ônibus, entre outros exemplos que seguem essa diretriz.

Segundo postado por Bryanna, a equipe da influencer tentou conversar com os organizadores do evento para resolver o problema, mas houve uma recusa para resolver a situação. 

A equipe tentou conversar com @BrasilGameShow e eles se recusaram a tentar resolver a situação.

O maior evento de games do Brasil sendo abertamente transfobico pic.twitter.com/uT6nqeFH65

Enquanto isso, outro participante da feira compartilhou uma imagem de seu crachá mostrando que conseguiu usar o seu nome artístico sem nenhum problema.

Oi BGS, tudo bem? Cê tem como explicar isso aqui? pic.twitter.com/Dc3f6viB2w

No final, Bryanna agradeceu o apoio de todos que se indignaram com a situação. E nós aqui do Voxel gostaríamos também de oferecer todo o nosso suporte em um momento tão frustrante no que deveria ser uma preparação para um evento no qual todos deveriam ter a oportunidade de serem respeitados por quem são e se divertirem.