Black Mirror: entenda o final de todos os episódios da 6ª temporada
Tecmundo
Os aguardados novos episódios de Black Mirror chegaram na Netflix. Com cinco histórias, a sexta temporada da série conta com um elenco de peso, incluindo Michael Cera, Salma Hayak, Aaron Paul, Josh Hartnett e Kate Mara.
No novo ano, a série deixa um pouco de lado as questões tecnológicas e aposta ainda mais nas emoções humanas e até no desconhecido sobrenatural, tópico nunca antes abordado na produção. Apesar das mudanças narrativas, a sexta temporada continua trazendo histórias que prometem desgraçar a cabeça dos telespectadores.
Se você já assistiu a todos os episódios e ficou com dúvidas sobre a trama, não se preocupe. Confira abaixo a explicação de todos os episódios da sexta temporada de Black Mirror!
O texto inclui detalhes sobre todo o enredo dos novos episódios de Black Mirror, trazendo uma breve explicação do que acontece em cada um dos capítulos da tecnologia. Com isso em mente, fica o aviso: Atenção: os parágrafos a seguir trazem muitos spoilers da sexta temporada de Black Mirror.
No episódio de estreia da temporada, acompanhamos a história de Joan, uma mulher que tem sua vida transformada em uma série por um serviço de streaming – que faz paródia da própria Netflix. Na trama, a vida da personagem é transmitida quase em tempo real pela produção.
Após perder o emprego e o marido devido aos eventos mostrados na série, Joan faz de tudo para processar o serviço de streaming, mas ela logo descobre não ser possível, já que acabou cedendo os direitos de imagem para a companhia quando não leu os termos de uso. Além disso, ela também descobre que não pode processar a atriz que a interpreta, considerando que a produção é feita por meio de computação gráfica com o rosto da artista (interpretada por Salma Hayak).
Após um acontecimento absurdo com sua imagem durante a série, Hayak também descobre que não tem o direito de retirar seu rosto da personagem. Revoltadas com a empresa de streaming, Joan e a atriz resolvem se unir para derrubar o computador quântico que está produzindo a série.
Joan is Awful faz crítica à própria Netflix e seus usuários (Foto: reprodução)
Ao invadirem a sala do computador, a protagonista descobre que ela, na verdade, também faz parte de uma série, que é inspirada na vida da “Joan original". Nesta produção, ela é apenas uma criação computacional baseada na aparência da atriz Annie Murphy. Assim, Salma Hayak interpreta, na verdade, a real Annie Murphy.
Entendendo que aquela não era uma vida de verdade, a protagonista destrói o equipamento e encerra todos os seriados gerados pelo computador. A partir daí, acompanhamos a Joan original sendo levada pela polícia, ao lado da atriz Annie Murphy real. As duas, no entanto, acabam cumprindo pena domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
No fim, Joan aparece feliz em uma sessão de terapia, contando que abriu uma cafeteria, voltou a namorar e que continua amiga de Annie.
Na trama de Loch Henry, acompanhamos Davis McCardle e sua namorada Pia, enquanto viajam para a cidade natal de Davis para produzir um documentário. Lá, conhecemos a enigmática Janet, mãe do protagonista.
Após conversam com um morador local, o casal decide mudar o tema do documentário para abordar o caso de Iain Adair, um homem que sequestrou e torturou várias pessoas na cidade, incluindo um jovem casal de turistas que desapareceu misteriosamente anos antes.
Na época, o pai de Davis, um policial local, confrontou o homem e acabou sendo baleado por ele, enquanto Adair cometeu suicídio para não ser pego pelas autoridades.
Enquanto investigam o caso, Pia e Davis sofrem um acidente de carro e ele precisa passar a noite no hospital, deixando Pia retornar sozinha à residência de Janet. Em casa, Pia encontra, sem querer, gravações que mostravam Janet, seu falecido marido, Kenneth (o policial pai de Davis), e o assassino Iain Adair juntos, enquanto abusavam das vítimas. Assim, descobrimos que os pais de Davis eram cúmplices nos sequestros e mortes dos desaparecidos.
Loch Henry critica, principalmente, as produções True Crime e a espetacularização da violência (Foto: reprodução/Netflix)
Assustada com a descoberta, Pia sai da casa e tenta fugir de Janet, mas morre afogada no lago Henry. Já a mãe de Davis, ciente de que a história viria a tona, decide deixar todas as gravações que a incriminavam para o filho concluir o documentário e tira a própria vida.
No fim, dois anos se passam e o documentário ganha inúmeros prêmios. Por outro lado, Davis percebe a exploração desenfreada da indústria sobre a sua história. A série critica abertamente a espetacularização da violência em filmes e séries que vem apostando em tramas baseadas em crimes reais.
Na trama de Beyond the Sea, acompanhamos um mundo alternativo no ano de 1969. Nele, somos apresentados a David, um homem com uma vida boa ao lado de seus filhos e esposa. Sua personalidade doce contrasta com a de Cliff, que a trama apresenta como um homem mais bruto e rígido com sua família.
Logo descobrimos que os dois são astronautas participando de uma missão no espaço sideral há dois anos. Ou seja, os personagens que vemos em casa com suas famílias são, na verdade, réplicas robóticas idênticas com "consciência compartilhada" dos dois. Assim, os dois astronautas passam a maior parte do tempo em casa com suas famílias graças à tecnologia de conexão.
Um dia, porém, uma seita invade a casa de David e mata sua réplica e toda a sua família. Após a tragédia e, agora sem corpo na Terra, David passa dia e noite sozinho na nave. Vendo a situação mental do colega se agravando, Cliff oferece a ele a oportunidade de se conectar à sua réplica na Terra e passar um tempo em sua casa.
Beyond the Sea conta com um dos finais mais chocantes da série (Foto: Reprodução/Netflix)
Ele aceita e, com as frequentes visitas à família de Cliff, David acaba se apaixonando pela esposa do amigo. Enquanto isso, na nave espacial, Cliff descobre esboços feitos à mão de sua esposa nua nos aposentos de David. Quando o 'fura-olho' volta para a nave, os dois brigam e Cliff deixa claro que o colega de trabalho nunca mais usará sua réplica para ir à Terra e, consequentemente, encontrar a esposa.
Furioso, David então finge uma falsa emergência na missão para prender Cliff no espaço. Após alguns minutos desesperadores para fora, Cliff entra novamente na nave. É aí que ele descobre que David usou esse tempo para se conectar à sua réplica e matar sua família na Terra – como uma forma de se vingar do amigo e deixá-lo sem nada, assim como a seita tinha feito com ele no início do episódio.
Na última cena do episódio, os dois se encaram sem dizer nada e a trama deixa o final aberto com a dúvida: Cliff matou ou poupou a vida de David (considerando que a nave depende dos dois para continuar funcionando)?
O quarto episódio acompanha Bo, uma fotógrafa que trabalha como paparazzi no início dos anos 2000. Por uma bolada em dinheiro, ela decide investigar o paradeiro de Mazey, uma atriz que está sumida dos holofotes desde que passou por um estranho acidente de carro.
Bo e seu amigo Hector descobrem onde Mazey está escondida e vão até ela. No começo, a dupla de paparazzis acredita que a atriz está apenas em um retiro para tratar seu vício em drogas. Em uma cena chocante, eles descobrem que a atriz está se transformando em lobisomem.
Ao ver a cena, os dois fogem desesperadamente de Mazey, que os persegue floresta adentro. A dupla se esconde em uma lanchonete, mas Bo é a única sobrevivente da carnificina. Ainda no local, a protagonista consegue acertar um tiro em Mazey, que volta à sua forma humana.
Mazey Day introduz questões sobrenaturais pela primeira vez na série (Foto: Reprodução/Netflix)
Prestes a morrer, Mazey implora para que Bo a mate, como uma forma de acabar com o seu sofrimento. A paparazzi, porém, entrega a arma nas mãos de Mazey para que ela mesma atire. Enquanto a atriz se esfoça para tirar a própria vida, Bo pega a câmera e fotografa sua morte, indicando que venderá as imagens mais tarde.
Nida, uma simpática vendedora de sapatos, é informada que, após fazer um acordo sem saber com um demônio chamado Gaap, deve cometer três assassinatos em três dias. Do contrário, o apocalipse começaria na Terra.
Ela tem uma visão do que estaria por vir se não fizesse os sacrifícios e, mesmo relutante, acaba matando a primeira pessoa, um homem que, segundo informações do demônio, abusava da filha de 6 anos. Mesmo horrorizada com a situação, Nida decide que só matará pessoas "que merecem" como parte do sacrifício.
É aí que ela escolhe a segunda vítima, Keith, um homem conhecido por matar sua esposa de uma forma brutal. Ela vai até a casa dele e, com consentimento, o mata com um martelo. Antes de conseguir sair do lugar, o irmão de Keith chega e Nida o mata também, encorajada por Gaap.
Ao descobrir que o sacrifício de Keith não contou, Nida tem mais 24 horas para matar sua última vítima. Ela escolhe o político Mark Smart, um aspirante a deputado conservador que, segundo as visões do demônio Gaap, se tornará o primeiro-ministro racista da Grã-Bretanha no futuro.
Demon 79 fecha a temporada com mais uma trama sobrenatural (Foto: Reprodução/Netflix)
Quando consegue encurralar Mark em uma estrada, Nida quase o mata, mas é impedida pelo policial Fisher, que vinha a investigando pelos assassinatos anteriores. Na delegacia, ela conta sua versão da história, mas obviamente ninguém acredita.
O tempo para cometer o último sacrifício acaba e, no primeiro momento, nada acontece. Alguns segundos depois, porém, a aniquilação nuclear começa no mundo e o demônio Gaap ressurge, convidando Nida para se juntar a ele em seu banimento (punição por ele ter falhado em fazer com que a ela matasse as três pessoas).
Ela aceita o convite e os dois partem rumo ao "esquecimento eterno" juntos, enquanto o apocalipse acontece na Terra.
O que você achou da nova temporada de Black Mirror? Todos os episódios da série estão disponíveis exclusivamente na Netflix.