BMW: cobrança por assentos aquecidos leva motoristas à gambiarras
Tecmundo
Depois que a BMW decidiu, há duas semanas, iniciar a cobrança de assinaturas para liberar o uso de assentos aquecidos em seus veículos, muitos usuários têm protestado contra esse tipo de “serviço”. Afinal, se alguns recursos extras, como a assistência de farol alto, são um software de luxo, o mesmo não se pode dizer dos assentos, que fazem parte do hardware integrado ao carro na fabricação.
Dessa forma, quando um comprador desembolsa R$ 300 mil para adquirir uma BMW 320i 2022, por exemplo, ele imagina ter a posse do conjunto físico total do veículo que, naturalmente, não depende de nenhum tipo de software, muito menos de atualizações over-the-air (OTA).
Para alguns compradores insatisfeitos, a política de alugar esse tipo de equipamento destina-se apenas a aumentar receitas. No Reino Unido, por exemplo, o preço dos assentos aquecidos sai a £ 15 (R$ 96) por mês, £ 150 (R$ 958) por ano, £ 250 (R$ 1,6 mil) por três anos ou £ 350 (R$ 2,2 mil) “ilimitado”.
O que estão fazendo os compradores de BMWs?
Fonte: BMW/Divulgação.
A cobrança de “assinaturas” para liberar recursos que de outra forma ficam inativos nos carros tem levado muitos usuários de veículos de luxo a buscar os serviços especializados em quebrar sistemas de gerenciamento de potência de motores, atualizar sistemas de navegação por satélite, sintonizar suspensão adaptativa e agora desbloquear aquecimento de assentos.
Para alguns fornecedores de hacks (a nossa tradicional gambiarra), como Iain Litchfield, “recursos como Apple Carplay e reconhecimento de voz podem ser ativados por cerca de £ 40 (R$ 255)”. No caso da BMW, afirma o dono da sintonizadora Litchfield Motors à Wired, é possível ativar a opção de TV, inclusive com o carro em movimento (o que é ilegal), sintonizar o rádio DAB (digital), configurar o travamento central e o tempo dos limpadores de para-brisa.
Talvez essas cobranças sejam uma prévia do carro do futuro, que poderia vir personalizado, e por assinatura.