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Células humanas são implantadas em ratos para estudar doenças mentais
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Células humanas são implantadas em ratos para estudar doenças mentais

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Tecmundo
18/10/2022 20h30
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Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, conseguiram realizar um transplante inédito de neurônios humanos em cérebros de ratos jovens. O objetivo do experimento foi estudar fisiologicamente alguns distúrbios psiquiátricos complexos, como a esquizofrenia, com a possibilidade de até mesmo testar alguns tratamentos.

Para isso, os autores da pesquisa utilizaram minimodelos 3D do cérebro humano chamados organoides, técnica desenvolvida na última década a partir de células-tronco para funcionar como um modelo simplificado do córtex humano. Isso inclui a conexão e a integração com o tecido circundante do córtex de cada rato, de forma a funcionar como o próprio cérebro do roedor.

De acordo com os pesquisadores, a grande dificuldade de estudar as doenças psiquiátricas em animais é que eles não as sofrem da mesma maneira que os seres humanos, ao passo que estes não podem, naturalmente, ser sujeitados a determinados experimentos in vivo,

O que ocorreu com os organoides nos cérebros dos ratos?

Organoide humano (marcado com proteína fluorescente) em cérebro de rato. (Fonte: Universidade de Stanford/Divulgação.)Organoide humano (marcado com proteína fluorescente) em cérebro de rato. (Fonte: Universidade de Stanford/Divulgação.)

É muito difícil estudar as doenças psiquiátricas, porque os animais não as sofrem da mesma forma que os humanos, os quais não podem, por sua vez, ser submetidos a experimentos in vivo. Além disso, em culturas desse tecido cerebral humano feitas em placas de Petri, os neurônios não atingem seu tamanho característicos em um cérebro humano real. 

Segundo o principal autor do estudo e professor de psiquiatria e ciências comportamentais em Stanford, Sergiu Pasca, ao transportar os órgãos 3D em cérebros de ratos bebês, "descobrimos que os organoides podem se tornar bastante grandes e vascularizados". Alimentados pela rede sanguínea do pequeno roedor, eles chegaram a ocupar até "um terço do hemisfério do cérebro" de cada animal.  

Finalmente, a equipe usou a "ferramenta" em organoides de pacientes com uma doença genética chamada síndrome de Timothy. A conclusão foi que, nos cérebros dos ratos, os organoides cresceram mais lentamente e com menor atividade do que aqueles nos cérebros de pacientes saudáveis.

ARTIGO - Nature - DOI: 10.1038/s41586-022-05277-w

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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